Mundo

Violência no Sudão deixa mais de 400 mortos

Chefe da missão de paz revelou que outras 800 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre tropas leais ao presidente e combatentes ligados a um líder opositor

Civis chegam às instalações da ONU nos arredores de Juba (AFP)

Civis chegam às instalações da ONU nos arredores de Juba (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 21h17.

Nova York - Entre 400 e 500 corpos foram levados para hospitais de Juba, capital do Sudão do Sul, após confrontos entre facções rivais, informou nesta terça-feira um funcionário da ONU ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O chefe da missão de paz, Hervé Ladsous, revelou que outras 800 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre tropas leais ao presidente Salva Kiir e combatentes ligados a um líder opositor - de acordo com diplomatas no conselho de consultas fechado sobre a nova crise na África.

Ladsous afirmou que o número é baseado em informações fornecidas pelos hospitais de Juba. A ONU ainda não confirmou o balanço, devido aos novos confrontos desta terça.

Cerca de 15 mil pessoas buscaram abrigo nas instalações da ONU, na periferia de Juba, desde que os conflitos explodiram no domingo, afirmou o funcionário.

Juba se mantém em um clima "extremamente tenso" e parece que os confrontos envolveram diferentes grupos étnicos - disse Ladsous ao Conselho de Segurança.

Salva Kiir é acusado pelas tropas leais ao ex-vice-presidente Riek Machar de estar fomentando um golpe de Estado no país. O governo informou que dez autoridades, incluindo ex-ministros, foram detidas, mas Riek Machar está foragido.

Salva Kiir é da etnia Dinka, e Riek Machar é Nuer.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, falou com Salva Kiir nesta terça e lhe pediu que ofereça "diálogo" à oposição. Ki-moon também conversou com o presidente do vizinho Uganda, Yoweri Museveni, sobre o assunto - acrescentaram os funcionários.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaGuerrasSudãoViolência política

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado