Mundo

Violência na República Centro-Africana lembra Srebrenica

ONU afirmou que a violência registrada na República Centro-africana é comparável à que antecedeu o massacre de Srebrenica na ex-Iugoslávia

Soldados franceses em Bangui, na República Centro-Africana: em Srebrenica, 8.000 homens e adolescentes muçulmanos foram massacrados (Sia Kambou/AFP)

Soldados franceses em Bangui, na República Centro-Africana: em Srebrenica, 8.000 homens e adolescentes muçulmanos foram massacrados (Sia Kambou/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 10h54.

Genebra - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) afirmou nesta sexta-feira que a violência registrada na República Centro-africana é comparável à que antecedeu o massacre de Srebrenica na ex-Iugoslávia, e pediu que se aumente a presença de forças internacionais naquele país.

"Isso me recorda Srebrenica, a violência é igual em intensidade", afirmou em Genebra Philippe Leclerc, encarregado na ACNUR da proteção de civis no país africano.

Em Srebrenica, 8.000 homens e adolescentes muçulmanos foram massacrados pelas forças sérvias da Bósnia, em julho de 1995.

"Está em curso uma limpeza étnico-religiosa, dirigida contra os muçulmanos", afirmou.

Na República Centro-africana, a minoria muçulmana está sendo atacada por milícias de maioria cristã, formadas em um primeiro momento para defender-se das agressões da rebelião muçulmana que tomou o poder no país no ano passado.

O presidente francês François Hollande se encontra nesta sexta-feira na capital centro-africana Bangui para apoiar os soldados franceses que enfrentam nesse país "dificuldades consideráveis para pôr fim à violência", segundo a presidência.

Acompanhe tudo sobre:ONUMassacresViolência política

Mais de Mundo

Governo Trump cancela pesquisa anual sobre segurança alimentar nos EUA, diz jornal

Bruxelas pede investimento em preparação para crises após ciberataque em aeroportos

Irã suspenderá cooperação com órgão nuclear se sanções forem restabelecidas

Ataque cibernético provoca cancelamentos e atrasos no aeroporto de Heathrow, em Londres