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Vice-presidente egípcio diz que golpe de Estado é 'irracional'

Segundo Omar Suleiman, pedidos de "partida" dos manifestantes para Mubarak vão contra o que o povo egípcio acredita, já que "tem grande respeito por seu presidente"

Omar Suleiman, vice-presidente do Egito: manifestantes não deixam o povo trabalhar (Cherie A. Thurlby/Wikimedia Commons)

Omar Suleiman, vice-presidente do Egito: manifestantes não deixam o povo trabalhar (Cherie A. Thurlby/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 14h10.

Cairo - O vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, disse nesta terça-feira que o diálogo é o único caminho para sair em paz da crise que vive o Egito e acrescentou que a outra opção é um golpe de Estado, algo que qualificou de "irracional e desmedido".

Suleiman fez essas declarações em reunião com editores de jornais egípcios, tanto do governo como independentes, segundo a agência oficial "Mena".

"A outra alternativa é um golpe de Estado, e nós desejamos evitar chegar a um golpe de Estado, porque é um passo apressado, irracional e desmedido, e é onde não queremos chegar para preservar o progresso do país", ressaltou o vice-presidente.

Além disso, disse que a palavra "al rahil" (a partida), que os manifestantes gritam para exigir a saída do poder do presidente egípcio, Hosni Mubarak, significa algo "que vai contra a conduta do povo egípcio, que tem um grande respeito por seu presidente".

Também assegurou que essa palavra é degradante não só para o presidente, mas também para todo o povo, e lembrou que Mubarak é um dos heróis da guerra de outubro de 1973 contra Israel.

"Não podemos esquecer nossa história ou perdê-la", destacou o vice-presidente, a quem Mubarak designou para o cargo em 29 de janeiro, após manter o posto vago por 30 anos.

Suleiman assegurou que o primeiro-ministro, Ahmed Shafiq, e o restante do Governo fazem grandes esforços para satisfazer as exigências populares e retornar a normalidade depois da paralisação que afetou os serviços públicos como bancos, escolas e meios de transporte.

Nesse sentido, indicou que o grande número de manifestantes na praça de Tahrir, no centro do Cairo, e a transmissão de alguns canais de televisão que denigrem o Egito fazem com que o povo não vá trabalhar.

"Nós não podemos suportar por tanto tempo esta situação, por isso é preciso colocar fim o mais rápido possível", insistiu, segundo a "Mena".

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