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Vice-presidente dos EUA incita América Latina a isolar Venezuela

Moreno não chegou a acolher o pedido de Pence, preferindo incentivar o diálogo e dizendo que a situação da Venezuela só pode ser resolvida por seus cidadãos

Mike Pence exortou o Equador e demais aliados da região a se afastarem ainda mais do regime de Maduro (Mary F. Calvert/Reuters)

Mike Pence exortou o Equador e demais aliados da região a se afastarem ainda mais do regime de Maduro (Mary F. Calvert/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de junho de 2018 às 17h36.

Quito - Durante uma visita ao Equador nesta quinta-feira, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, incitou nações da América Latina a ajudarem a isolar a Venezuela, adversária ideológica de Washington que atravessa uma crise econômica.

Pence se reuniu com o presidente equatoriano, Lenín Moreno, como parte de uma turnê latino-americana que incluiu encontros com venezuelanos que deixaram o país socialista em apuros devido à dificuldade para obter alimentos ou remédios.

"Uma ameaça específica à nossa segurança coletiva que está (em nossas mentes)... é o colapso atual da Venezuela na ditadura, na privação e no desespero", disse Pence durante uma coletiva de imprensa conjunta com Moreno.

"Exortamos respeitosamente o Equador e todos os nossos aliados em toda a região a adotarem medidas para isolar ainda mais o regime de Maduro."

Pence disse que os EUA se ofereceram para providenciar 2 milhões de dólares em assistência para o Equador lidar com o influxo de imigrantes, cujos números crescentes estão sobrecarregando os serviços sociais em países de toda a América Latina.

Na quarta-feira o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou Pence de "víbora venenosa" e prometeu derrotar o que classificou como esforços para depor seu governo. Moreno disse nesta quinta-feira que seu país está procurando melhorar as relações bilaterais com os EUA, mas não chegou a acolher o pedido de Pence, preferindo incentivar o diálogo e dizendo que a situação da Venezuela só pode ser resolvida por seus cidadãos.

Moreno afirmou que o Equador acolheu cerca de 150 mil venezuelanos e que está preocupado com a "crise humanitária" no país.

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