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Vice-presidente da Guiné Equatorial pede habeas corpus

Uma das principais prerrogativas reivindicadas pelo africano é a imunidade penal, que impede a prisão ou a extradição por autoridades estrangeiras


	Plenário do STF: advogados do africano informaram que o julgamento das acusações registradas por autoridades francesas não foi concluído
 (Nelson Jr./SCO/STF)

Plenário do STF: advogados do africano informaram que o julgamento das acusações registradas por autoridades francesas não foi concluído (Nelson Jr./SCO/STF)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 10h33.

Brasília - O vice-presidente da República da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, acusado de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e abuso de confiança, apresentou pedido de habeas corpus preventivo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar sua prisão e extradição, que já foi requerida pela França.

Advogados do africano informaram que o julgamento das acusações registradas por autoridades francesas não foi concluído.

A defesa de Mangue também argumenta no pedido que, pela Convenção de Viena de 1961, o pedido de prisão preventiva e extradição, em casos como esse, desrespeita as diretrizes do tratado internacional que regula as relações diplomáticas entre os países signatários, como o Brasil.

Mangue, que em 2002 foi nomeado segundo vice-presidente e encarregado da Defesa e Segurança do Estado, exige condições semelhantes às de chefe de Estado para se defender.

Uma das principais prerrogativas reivindicadas pelo africano é a imunidade penal, que impede a prisão ou a extradição por autoridades estrangeiras.

Teodoro Mangue é filho do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que está no poder desde 1979, depois de um golpe de Estado que foi marcado pela violência.

O relator do processo no STF é o ministro Teori Zavascki.

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