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Vice-presidente assume durante licença de Kirchner

Sem oferecer maiores detalhes, o porta-voz do governo, Alfredo Scoccimarro, informou que a presidente caiu e bateu a cabeça no dia 12 de agosto


	Amado Boudou vai assumir a presidência do país durante o mês de repouso que a presidente Cristina Kirchner será obrigada a submeter-se por recomendação médica
 (Getty Images)

Amado Boudou vai assumir a presidência do país durante o mês de repouso que a presidente Cristina Kirchner será obrigada a submeter-se por recomendação médica (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2013 às 13h04.

Buenos Aires - O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, vai assumir a presidência do país durante o mês de repouso que a presidente Cristina Kirchner será obrigada a submeter-se por recomendação médica. Durante um exame cardiovascular de rotina, realizado neste sábado, 05, os médicos detectaram que Cristina tem um hematoma subdural crônico decorrentes de um traumatismo craniano.

Sem oferecer maiores detalhes, o porta-voz do governo, Alfredo Scoccimarro, informou que a presidente caiu e bateu a cabeça no dia 12 de agosto, um dia após as eleições primárias que apontaram uma derrota importante para o governo no pleito do dia 27 de outubro próximo. As próximas eleições parlamentares vão renovar metade da Câmara e um terço do Senado e a Casa Rosada pretendia obter maioria qualificada capaz de propor uma reforma constitucional para permitir que Cristina concorra a um terceiro mandato em 2015.

Nenhum funcionário do governo informou sobre as circunstâncias em que ocorreu o tombo da presidente e o golpe na cabeça. O porta-voz detalhou apenas que, no dia da queda, os médicos realizaram uma tomografia, mas o resultado foi "normal". Scoccimarro também disse que nos dias posteriores, Cristina "não apresentou sintomas".

Este será o maior período de afastamento da presidente, desde seu primeiro mandato, em 2007. Boudou chegou a ocupar a presidência durante 21 dias em janeiro de 2012, quando a presidente foi submetida a uma cirurgia para extração da tireoide. Cristina havia sido diagnosticada erroneamente com um câncer na tireoide, na última semana de dezembro.

A saúde da presidente Cristina Kirchner e de seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, sempre foi uma questão polêmica na Argentina, devido à falta de informações oficiais sobre o assunto. Ontem, por exemplo, a presidente permaneceu no hospital cardiológico durante mais de oito horas, mas a confirmação oficial sobre a internação só foi dada à noite.

De acordo com nota lida pelo porta-voz, a presidente foi à Fundação Favaloro para realizar um exame cardiovascular em razão de uma arritmia e, por apresentar cefaleia, foi solicitada uma avaliação neurológica do Instituto de Neurociência. Desde que assumiu o governo, Cristina sofreu várias crises de lipotimia e quedas abruptas da pressão, que a levaram cancelar viagens oficiais e diferentes compromissos.

Em abril passado, ela suspendeu a agenda durante vários dias porque estava rouca. Em dezembro de 2012, Cristina cancelou a ida ao Vietnã e os médicos recomendaram evitar as viagens longas. Em outubro do mesmo ano, ela sofreu outra queda de pressão que a obrigou a ficar de repouso por 48 horas. Em discurso, a própria presidente reconheceu que sofre de hipotensão crônica. Agora, Cristina terá que manter repouso até o dia 5 de novembro.

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