Mundo

Vice dos EUA descarta solução militar para Ucrânia

No próximo sábado, Biden se reúne com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e com a chanceler alemã, Angela Merkel


	O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden: "não temos qualquer interesse em uma escalada militar e insistimos em que seja o contrário"
 (Mandel Ngan/AFP)

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden: "não temos qualquer interesse em uma escalada militar e insistimos em que seja o contrário" (Mandel Ngan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 10h28.

Berlim - O vice-presidente americano, Joe Biden, disse não existir uma "solução militar" para a crise na Ucrânia, no momento em que Kiev espera a entrega de armas dos Estados Unidos.

A análise aparece na entrevista publicada na edição desta quinta-feira do jornal alemão "Süddeutsche Zeitung" (SZ).

"Dissemos desde o início que não há solução militar para essa crise", lembra Biden.

"Não temos qualquer interesse em uma escalada militar e insistimos em que seja o contrário", afirmou, acrescentando que os Estados Unidos podem se limitar a oferecer "uma ajuda no campo da segurança".

De acordo com o jornal, que antecipou a publicação de alguns trechos da entrevista, isso pode significar que os Estados Unidos vão se restringir à ajuda que tem sido dada até agora: coletes à prova de bala, equipamentos médicos, aparelhos de visão noturna, entre outros.

No próximo sábado, Biden se reúne com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e com a chanceler alemã, Angela Merkel, em paralelo à Conferência Internacional sobre Segurança em Munique, no sul da Alemanha.

Já o secretário de Estado americano, John Kerry, chega nesta quinta a Kiev, onde se reunirá com Poroshenko e com o primeiro-ministro Arseni Yatseniuk.

Em entrevista publicada pelo jornal alemão "Die Welt", também na edição desta quinta, Poroshenko pede aos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que entreguem armas ao Exército para "se defender frente ao agressor", em uma referência aos rebeldes pró-russos do leste do território.

Poroshenko alega que a escalada de violência dos últimos dias teria de levar a Aliança Atlântica "a dar ainda mais apoio à Ucrânia, fornecendo-lhe, sobretudo, armas modernas para [o país] se proteger e se defender frente ao agressor".

"É preciso defender a paz. É a razão pela qual precisamos de um Exército forte com novas armas. Isso nos ajudará a defender a população civil contra os duros ataques dos terroristas", completou, em alusão aos rebeldes separatistas pró-russos.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GuerrasPaíses ricosUcrânia

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado