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Versace não vai mais usar processo nocivo de preparo do jeans

ONGs reclamam que técnica conhecida como areação é perigosa para os trabalhadores; empresa anunciou que apóia a proibição

Manifestante protesta contra o método de areação, usado nas calças jeans (Miguel Medina/AFP)

Manifestante protesta contra o método de areação, usado nas calças jeans (Miguel Medina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2011 às 19h15.

Milão - A Casa Versace comprometeu-se a não mais utilizar a areação, um processo de tratamento do jeans, que consiste em esfregar o tecido com areia - uma técnica que se revelou potencialmente mortal para os assalariados. O grupo de luxo italiano sensibilizou-se com uma campanha da aliança "Clean Clothes Campaign" (CCC).

A areação consiste em projetar areia sob alta pressão nos jeans, numa espécie de lavagem industrial, para dar um aspecto gasto; é considerada perigosa e já vitimou trabalhadores na Turquia e em Bangladesh, segundo a CCC.

A inalação de poeira de silício liberada durante o processo pode causar silicose, uma infecção pulmonar potencialmente mortal.

"A Casa Versace decidiu, assim, unir-se aos líderes do setor que defendem a eliminação dessa técnica", informou o grupo em comunicado.

O apoio dado à campanha do CCC, um grupo de ONGs e sindicatos que lutam pela melhoria das condições de trabalho na indústria têxtil, acontece depois da assinatura por 1.200 pessoas de uma petição contra essa prática.

"Versace proibiu os jeans assassinos, unindo-se aos grupos Gucci, H&M ou C&A', felicitou-se o CCC, denunciando outros grandes nomes da moda, como Dolce & Gabbana, Armani e Roberto Cavalli que se recusam a manter contato conosco", comentou Deborah Lucchetti.

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