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Vereadores vetam reajuste de 94% no salário de Kassab

Esse é o segundo ano consecutivo que o Executivo tenta aumentar o salário do prefeito e dos secretários municipais

Salário de Kassab sairia de R$ 12.384 para R$ 24.117 (Otavio Dias/Veja)

Salário de Kassab sairia de R$ 12.384 para R$ 24.117 (Otavio Dias/Veja)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 10h18.

São Paulo - O Executivo não consegue aumentar o salário do prefeito de São Paulo (teto do funcionalismo) e dos secretários municipais pelo segundo ano consecutivo. O projeto da Mesa Diretora da Câmara Municipal reajustaria em 94,58% o salário de Gilberto Kassab (DEM) - e o dos secretários - em 283%. Por 20 votos contrários, 19 favoráveis e 2 abstenções, a proposta foi rejeitada ontem.

Se o projeto fosse aprovado, o salário do prefeito saltaria de R$ 12.384 para R$ 24.117. Os vencimentos dos secretários passariam de R$ 5.344 para R$ 20.499. O último reajuste para os cargos comissionados de secretários e do prefeito ocorreu em 2002. A proposta rejeitada ontem criaria um parâmetro permanente com o salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de R$ 26.723.

Pela nova regra, Kassab poderia receber até 90,25% desse valor. Ontem pela manhã, porém, o prefeito já havia declarado que apoiava o projeto, como forma de atrair mais pessoas qualificadas para o governo, mas que abriria mão do seu reajuste.

Na primeira votação da Câmara em 30 dias, a proposta de um aumento salarial para secretários levada ao plenário causou constrangimento até em vereadores governistas. Na bancada do PSDB, a maior da Casa, com 13 parlamentares, houve voto contrário - de saída para Brasília, a vereadora e deputada federal eleita Mara Gabrilli (PSDB) rejeitou a proposta. Da base governista, Cláudio Fonseca (PPS) declarou voto contrário.

O líder de governo, o tucano José Police Neto, defendeu a fixação de uma remuneração nova para os secretários, como forma de acabar com os jetons pagos pelas comissões das empresas. Mas o líder deixou claro que foi uma decisão da própria Mesa Diretora, presidida por Antonio Carlos Rodrigues (PR), primeiro suplente de Marta no Senado, colocar o aumento em votação.

“Eu fiz a defesa, mas colocar no plenário foi decisão da Mesa”, declarou. Já José Américo, líder do PT, considerou abusiva a proposta. Ficou claro que o prefeito passará a enfrentar mais dificuldades no Legislativo, por conta da aliança entre PT e centrão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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