Mundo

Venizelos fracassa nas negociações com esquerda radical

Líder do Pasok insistiu quanto à necessidade de formação de um governo de todas as forças ''pró-europeias''

''O povo grego quer estabilidade, um governo que dê soluções e não leve o país a eleições nem provoque a saída do euro'', afirmou Venizelos (AFP)

''O povo grego quer estabilidade, um governo que dê soluções e não leve o país a eleições nem provoque a saída do euro'', afirmou Venizelos (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2012 às 21h53.

Atenas - O líder do Movimento Socialista Pan-Helênico (Pasok), Evangelos Venizelos, anunciou nesta quarta-feira o fracasso das negociações para um acordo com a Coalizão da Esquerda Radical (Syriza), e espera receber nesta quinta-feira a tarefa presidencial para formar um governo.

''A incumbência que será dada amanhã pelo presidente da República ao Pasok para formar um governo pode ser muito importante, porque é necessário que o debate continue'', explicou Venizelos em entrevista coletiva realizada depois de ele se reunir com o líder da Syriza, Alexis Tsipras.

Como líder do social-democrata Pasok, Venizelos insistiu quanto à necessidade de formação de um governo de todas as forças ''pró-europeias'', em referência a seu partido, o conservador Nova Democracia (ND), a Syriza e o Dimar (centro-esquerda).

''O povo grego quer estabilidade, um governo que dê soluções e não leve o país a eleições nem provoque a saída do euro'', acrescentou.

Durante as negociações, Venizelos apresentou à Syriza a possibilidade de entrar em um pacto entre o ND e o Pasok, que juntos somam 149 deputados, dois a menos que a maioria absoluta. Porém, os esquerdistas se negam a aderí-lo se os dois partidos tradicionais não renunciarem ao memorando de austeridade da UE.

O político social-democrata cogitou inclusive a possibilidade de dar apoio externo a um governo em minoria formado por Syriza, Dimar e os Gregos Independentes com a condição de que mantenham o país na moeda única, mas nem mesmo assim conseguiu chegar ao número de deputados necessário para obter a maioria absoluta.

No parlamento saído das urnas no último domingo, o ND dispõe de 108 cadeiras (50 delas por ter sido a legenda mais votada), seguido por Syriza (52); Pasok (41), Gregos Independentes (33), Partido Comunista (26), o neonazista Amanhecer Dourado (21) e Dimar (19).

Acompanhe tudo sobre:EuropaPiigsGréciaCrise gregaEleições

Mais de Mundo

Von der Leyen e outros líderes europeus acompanharão Zelenski em sua reunião com Trump

Chuvas de monções no Paquistão deixam mais de 350 mortos em 48 horas

Rússia lança 505 ataques em Zaporizhzhya um dia após cúpula Trump-Putin

Recepção calorosa de Trump a Putin preocupa ucranianos em meio à pouca esperança de paz