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Venezuelanos se dividem entre Chávez e nova eleição

Chávez, hospitalizado em Cuba desde sua operação no dia 11 de dezembro, não comparecerá a sua posse, marcada para amanhã


	Homem segura um boneco de Hugo Chávez: o estado de saúde de Chávez é considerado grave, devido ao combate de uma insuficiência respiratória.
 (Alejandro Pagni/AFP)

Homem segura um boneco de Hugo Chávez: o estado de saúde de Chávez é considerado grave, devido ao combate de uma insuficiência respiratória. (Alejandro Pagni/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 13h26.

Caracas - Os venezuelanos acompanham a doença e ausência do presidente Hugo Chávez com opiniões divididas, uns com orações e torcida ferrenha pelo retorno do líder, e outros com apelos por novas eleições.

A dona de casa Thelma Martínez está no primeiro grupo, apelando para a fé. "Pedimos a José Gregorio Hernández que, como médico que é, dirija as mãos de todos os que estão tratando Chávez", disse Thelma à Agência Efe.

Hernández (1864-1919) foi um médico e cientista venezuelano, que milhares de compatritas atribuem o poder de fazer milagres, considerando-o um santo.

Chávez, hospitalizado em Cuba desde sua operação no dia 11 de dezembro, não comparecerá a sua posse, marcada para amanhã. Seu estado de saúde, apesar de estável, é considerado grave, devido ao combate de uma insuficiência respiratória.

O locutor Wilmer Márquez, outro devoto de Hernández, disse a Efe que viajou para a cidade natal do médico, no estado de Trujillo para pedir a recuperação de Chávez. "O presidente deve chegar com vida e bastante saúde, bastante força, para que nenhum dos que estão a seu redor, nem Diosdado Cabello (presidente do Parlamento) nem Nicolás Maduro (vice-presidente da Venezuela) ocupem seu lugar".

Ponto de vista diferente tem a agente de viagens Jennifer Gómez. "Quanto tempo vamos esperar? Pode ser um mês, dois meses, três meses, não sabemos quanto. Temos que pedir eleições já, não se pode esperar".

A Constituição venezuelana só contempla as eleições para o caso de falta absoluta do presidente eleito ou durante os primeiros quatro anos de mandato, uma condição que viria pela morte, renúncia ou incapacidade física ou mental, determinada por uma junta médica nomeada por a Corte Suprema e aprovada pela Assembleia Nacional.

A advogada María Alejandra López concorda com Gómez e declarou à Agência Efe que se o presidente não pode assumir o cargo, é preciso convocar novas eleições, "sobretudo se, como há rumores, o povo não quer Nicolás (Maduro)".

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