Venezuela: por volta das 9h40 locais (10h40 em Brasília), o fornecimento de energia foi interrompido na capital venezuelana (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 31 de março de 2019 às 13h15.
Caracas - Um novo corte intempestivo de luz foi registrado neste domingo (31), em várias regiões da Venezuela, no sétimo dia consecutivo de interrupções do fornecimento e depois que o governo denunciou uma quinta "sabotagem" ao Sistema Elétrico Nacional, que vem apresentando muitas falhas desde 7 de março.
Por volta das 9h40 locais (10h40 em Brasília), o fornecimento de energia foi interrompido na capital venezuelana que tinha recuperado o serviço quase em sua totalidade após o apagão ocorrido na noite de ontem.
O governo de Nicolás Maduro denunciou ontem à noite que esta última falha foi ocasionada por "dois ataques sincronizados" contra o sistema elétrico que interrompeu o fornecimento de energia para milhões de lares nas noites de sexta-feira e sábado no mesmo horário.
Esses apagões deixaram às escuras por várias horas 21 dos 23 estados da Venezuela, segundo informações de veículos de imprensa locais, e têm se estendido por mais de 48 horas consecutivas em estados como Mérida, Zulia e Trujillo, conforme relataram algumas testemunhas à Agência Efe.
Na última segunda-feira, dois apagões deixaram o país completamente às escuras, o que deu início a uma série constante de interrupções, de maior ou menor duração, que se mantém até o momento.
A versão oficial para o vai e vem de energia responsabiliza a oposição venezuelana e o governo dos Estados Unidos por "ataques" ao Sistema Elétrico Nacional com métodos eletromagnéticos, mecânicos, disparos de fuzis de longo alcance e incêndios.
O governo Maduro também admitiu uma falha no sistema, mas que teria sido uma consequência de ataques "terroristas" anteriores.
Desde o início da crise elétrica neste mês, o país ficou paralisado totalmente, com suspensão de atividades trabalhistas e escolares, por pelo menos dez dias.
A oscilação de energia também afetou o fornecimento de água potável, que está escassa em todo o país, enquanto os serviços de telefonia e internet sofreram as consequências das constantes interrupções.
A oposição venezuelana, por sua vez, culpa o governo e a companhia elétrica estatal Corpoelec pelo aumento dos apagões que começaram há cerca de uma década e se tornaram cada vez mais frequentes, especialmente em regiões distantes da capital Caracas.