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Venezuela usa força excessiva para sufocar protestos, diz ONU

Declaração foi feita após o Escritório do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos investigar 124 mortes no país

Protestos na Venezuela: 46 mortes foram atribuídas às forças de segurança e 27 a grupos armados pró-governo (Ueslei Marcelino/Reuters)

Protestos na Venezuela: 46 mortes foram atribuídas às forças de segurança e 27 a grupos armados pró-governo (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 08h41.

Última atualização em 8 de agosto de 2017 às 08h55.

Genebra - As forças de segurança venezuelanas têm utilizado força excessiva para reprimir os protestos, provocando a morte de dezenas de pessoas e prendendo arbitrariamente cerca de 5.000 indivíduos desde abril, incluindo 1.000 que permanecem detidos, disse nesta terça-feira o Escritório de Direitos Humanos da ONU.

Em conclusões preliminares com base em 135 entrevistas realizadas remotamente e no Panamá, o Escritório do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos disse que investigou 124 mortes, das quais 46 foram atribuídas às forças de segurança e 27 a grupos armados pró-governo, enquanto a causa das outras não está clara.

"Nos preocupa que a situação na Venezuela esteja piorando e que essas violações aos direitos humanos não mostrem sinais de diminuição, de forma que estamos preocupados com a direção para a qual segue", disse a porta-voz do órgão, Ravina Shamdasani, em entrevista coletiva em Genebra.

"A responsabilidade pelas violações aos direitos humanos que estamos denunciando recaem sobre o mais alto nível do governo", acrescentou.

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