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Venezuela teve mais de 2 mil pessoas presas por razões políticas em 2019

Ao menos 800 pessoas continuam presas na Venezuela, incluindo vários militares

Venezuela: cinco pessoas morreram nas manifestações da oposição contra o governo Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: cinco pessoas morreram nas manifestações da oposição contra o governo Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de maio de 2019 às 13h51.

Última atualização em 7 de maio de 2019 às 13h52.

Mais de 2.000 pessoas foram detidas na Venezuela em 2019, a maioria durante protestos contra o governo - denunciou a ONG de direitos humanos Foro Penal nesta terça-feira (7).

"De 1º de janeiro até maio de 2019 foram registradas 2.014 detenções, basicamente de pessoas que protestam", declarou em entrevista coletiva Alfredo Romero, diretor da Foro Penal, organização crítica do governo de Nicolás Maduro.

Segundo Romero, mais de 800 pessoas continuam presas, incluindo vários militares.

Na terça-feira passada, o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, liderou uma fracassada rebelião de um reduzido grupo de militares. Maduro denunciou o movimento como uma tentativa de golpe de Estado.

De acordo com a Foro Penal, 338 civis e militares foram detidos após a rebelião. "Ficaram privadas de liberdade 82 pessoas", indicou Romero.

A Procuradoria identifica "aproximadamente 233 pessoas detidas" em relação ao levante, assim como cinco mortos durante manifestações da oposição em apoio a esse movimento e nos protestos de 1º de maio.

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