Mundo

Venezuela tem protestos a favor e contra Chávez

Setores da oposição protestaram contra a sentença que aprovou a continuidade do Governo e permitiu o adiamento do ato de juramento do presidente Hugo Chávez

Enquanto oposição faz protestos contra continuidade de Chavéz, também ocorrem manifestações de apoio ao presidente  (REUTERS/STRINGER)

Enquanto oposição faz protestos contra continuidade de Chavéz, também ocorrem manifestações de apoio ao presidente (REUTERS/STRINGER)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2013 às 10h03.

Caracas - Setores da oposição venezuelana protestaram neste sábado contra a sentença do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que aprovou a continuidade do Governo e permitiu o adiamento do ato de juramento do presidente Hugo Chávez, internado em Cuba, enquanto o Governo realizou atos de apoio à decisão.

'Na Venezuela, desde a Constituição feita por nossos fundadores em 1811, o juramento é necessário para assumir o cargo', denunciou o prefeito do município de Baruta e advogado constitucionalista, Gerardo Blyde, frente a dezenas de presentes em uma praça do leste da capital.

'E, a verdade é que na Venezuela não há um presidente em exercício neste momento. Poderão ser criadas ficções jurídicas para dizer que o presidente da República está em exercício, mas nem os próprios chavistas acreditam nisso', manifestou o opositor.

O prefeito fez estas declarações durante uma das 15 assembléias convocadas 'pela verdade e defesa da Constituição' que o partido Vontade Popular (VP), integrante da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), organizou a título próprio por todo o país.

A convocação foi feita em resposta à decisão de quarta-feira tomada pelo TSJ, que aprovou a postergação da posse de Chávez, que se encontra há um mês internado em Havana e não pôde assistir ao ato, e também aprovou a continuidade do Governo.


Na 'assembleia' de Caracas também participaram a deputada María Corina Machado e a ex-magistrada do TSJ Blanca Rosa Mármol, assim como o secretário-geral do partido, Leopoldo López.

'Que esta assembleia não fique aqui, mas possa multiplicar por toda Venezuela e que juntos, vamos fazer concreta a manifestação que fio convocada para 23 de janeiro, dia em que leveremos às ruas o espírito de luta', disse López.

O conjunto da oposição convocou uma manifestação pacífica contra a decisão do TSJ para 23 de janeiro, dia em que se lembra o 55ª aniversário do final da última ditadura militar.

Enquanto isso, em vários pontos do país, o partido do Governo também realizou 'assembleias patrióticas' em apoio ao presidente Chávez e à decisão do TSJ, a maioria delas lideradas por governantes.

'Hugo Chávez é e continua sendo o presidente constitucional de todos os venezuelanos', assinalou o governador do estado Bolívar (sudeste), Francisco Rangel Gómez.

Desde ontem, o ministro de Energia Elétrica, Héctor Navarro, ficou encarregado do cargo de vice-presidente executivo do país, depois que o vice-presidente, Nicolás Maduro, viajou para Havana para visitar Chávez e sua família. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaHugo ChávezPolítica no BrasilPolíticosProtestosVenezuela

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo