Mundo

Venezuela reabre fronteira com a Colômbia e milhares vão para país vizinho

Após quatro meses de bloqueio, venezuelanos conseguem ir para a Colômbia em busca de alimentos e remédios

Venezuela: Maduro anunciou a abertura da fronteira nesta sexta-feira (7) (Juan Pablo Bayona/Reuters)

Venezuela: Maduro anunciou a abertura da fronteira nesta sexta-feira (7) (Juan Pablo Bayona/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2019 às 12h33.

Última atualização em 8 de junho de 2019 às 12h42.

Cucuta — A Venezuela reabriu neste sábado sua fronteira com a Colômbia no Estado de Táchira, após quase quatro meses de bloqueio na região. O anúncio foi feito ontem pelo presidente do país, Nicolás Maduro, que não detalhou se a medida se estenderá às fronteiras do país nos Estados de Apure, Zulia e Amazonas.

Com isso, milhares de venezuelanos se dirigem ao país vizinho para comprar alimentos e remédios. Longas filas de venezuelanos se formam nas duas pontes internacionais próximas da cidade de Cucuta, na Colômbia, onde guardas colombianos averiguam documentos dos venezuelanos.

A passagem de cidadãos da Venezuela para a Colômbia foi proibida pelo presidente Nicolas Maduro no dia 22 de fevereiro, um dia antes de políticos de oposição terem tentado usar as pontes para transportar toneladas de ajuda para a Venezuela, com o apoio dos Estados Unidos e da Colômbia.

Ontem, o líder opositor Juan Guaidó afirmou ser inegociável a exigência de que sejam realizadas novas eleições presidenciais no país. A declaração põe um freio nos esforços de mediação da Noruega para solucionar a crise venezuelana. Negociadores do país estavam em Caracas nesta semana. A Noruega foi anfitriã de duas rodadas de negociação entre representantes do governo de Maduro e da oposição, em maio.

Após tentativas frustradas de diálogo, das quais o governo saiu fortalecido, a oposição venezuelana tem insistido que o ponto de partido das conversas é a convocação, por Maduro, de eleições presidenciais. Maduro não cede neste ponto, culpando a oposição de boicotar as eleições presidenciais do ano passado e insistindo ser necessário realizar eleições para renovar a Assembleia Nacional, na qual políticos contrários ao presidente são maioria.

"Não está em cogitação uma nova reunião", disse Guaidó nesta sexta-feira em um evento na cidade central de Valencia, descartando comentários da chancelaria russa de que na próxima semana seria realizada a terceira rodada de conversas com membros do governo de Maduro. Fonte: Associated Press.

Tudo sobre a crise na Venezuela

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaCrise políticaImigraçãoVenezuela

Mais de Mundo

Domo de Ferro, Arrow, C-Dome e Patriot: Conheça os sistemas de defesa aérea utilizados por Israel

Smartphones podem explodir em série como os pagers no Líbano?

ONU diz que risco de desintegração do Estado de Direito na Venezuela é muito alto

Quem é Ibrahim Aqil, comandante do Hezbollah morto em ataque de Israel a Beirute