Mundo

Venezuela prorroga proibição de demissões em meio à crise

Além disso, prevê uma jornada de trabalho de 40 horas semanais e elimina a "terceirização" de atividades ou a subcontratação


	Maduro: decreto também reduz jornada de trabalho e elimina a "terceirização" de atividades
 (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

Maduro: decreto também reduz jornada de trabalho e elimina a "terceirização" de atividades (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 20h52.

Caracas - O governo da Venezuela prorrogou nesta terça-feira por mais três anos um decreto que proíbe as demissões até o ano 2019, mesmo com uma economia que, segundo organismos internacionais, se contrairá mais de 7% este ano e apresenta uma inflação acima de 100%.

"O presidente (da Venezuela, Nicolás Maduro) aprovou o decreto com grande coragem e a força da lei (...) Três anos de proteção para os trabalhadores e as trabalhadoras", anunciou em entrevista coletiva o vice-presidente, Jorge Arreaza.

A Venezuela conta há mais de três anos com uma Lei de Trabalho que estabelece o pagamento duplo em caso de demissões injustificadas e o cálculo das prestações com base no último salário.

Além disso, prevê uma jornada de trabalho de 40 horas diurnas semanais e não de 44, como estava estipulado na legislação anterior, e elimina a "terceirização" de atividades ou a subcontratação.

A legislação é criticada pelas patronais por considerar que não fomenta a produtividade.

A Venezuela sofreu a perda de mais de 60% de suas receitas como consequência da queda dos preços internacionais do petróleo, do qual o país sul-americano obtém US$ 9 de cada US$ 10 que arrecada sua economia.

Segundo a Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe, a economia da Venezuela se contrairá 7,1% este ano e 7% em 2016.

O presidente venezuelano anunciou há semanas que estava trabalhando em um conjunto de medidas para fazer "flutuar" a economia do país.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrise econômicaDemissõesDesempregogestao-de-negociosInflaçãoVenezuela

Mais de Mundo

Hezbollah anuncia 'nova fase', e declara 'guerra indefinida' a Israel

Netanyahu diz que só metade dos 101 reféns em Gaza está viva, segundo imprensa local

Mais de 50 mortos após explosão em mina de carvão no Irã

'A China está nos testando', diz Biden a aliados do Quad