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Venezuela precisa de cooperação e não mediação, diz Maduro

O presidente Nicolás Maduro já havia recusado a oferta de mediação do presidente uruguaio, José Mujica


	Nicolás Maduro: "Não estamos desesperados. Essa é a imagem que querem transmitir no exterior para golpear novamente a revolução"
 (AFP)

Nicolás Maduro: "Não estamos desesperados. Essa é a imagem que querem transmitir no exterior para golpear novamente a revolução" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 18h44.

O presidente Nicolás Maduro descartou que a Venezuela precise de mediação internacional para resolver a onda de protestos que tomou o país, em uma entrevista ao canal americano "CNN" transmitida nesta sexta-feira.

"A Venezuela não precisa de mediação. Acredito que precise de cooperação", afirmou.

"Não estamos desesperados. Essa é a imagem que querem transmitir no exterior para golpear novamente a revolução", explicou, depois de ter sido perguntando sobre a possibilidade da intervenção do papa Francisco.

Maduro já havia recusado a oferta de mediação do presidente uruguaio, José Mujica.

As manifestações no país começaram há cerca de um mês e, até agora, deixaram 20 mortos e 300 feridos. Maduro classifica os protestos como tentativa de golpe de Estado.

"Os que começaram esse projeto violento são uma minoria, um pequeno grupo, deixando o resto da oposição em uma posição difícil", afirmou o governante.

Maduro reforçou as acusações contra um dos líderes opositores, Leopoldo López, atualmente preso, ao dizer que ele "planejou derrubar um governo legítimo. Ele gerou a violência".

Em suas respostas, o presidente reconheceu que a Venezuela "tem problemas", mas "como qualquer outro país".

"Temos problemas econômicos, com certeza, mas vocês nos Estados Unidos também não têm?", perguntou.

A Venezuela registra uma taxa de inflação de 56% ao ano, além da escassez de alimentos e de produtos básicos de 25%. Outro líder da oposição, Henrique Capriles, convocou para este sábado um protesto contra essa situação econômica.

Maduro foi eleito em abril do ano passado, após a morte do ex-presidente Hugo Chávez.

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