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Venezuela pede que o Peru localize suspeitos de explosões de drones

A Venezuela acusa políticos da oposição e ativistas anti-Maduro no exterior de planejarem assinar o presidente com drones durante uma parada militar

Dois cidadãos venezuelanos que supostamente estão envolvidos no ataque contra Maduro estão desaparecidos (Venezuelan Govermenment TV/Handout/Reuters)

Dois cidadãos venezuelanos que supostamente estão envolvidos no ataque contra Maduro estão desaparecidos (Venezuelan Govermenment TV/Handout/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 09h36.

Última atualização em 16 de agosto de 2018 às 09h38.

Lima - A Venezuela pediu ajuda à polícia peruana para encontrar dois cidadãos venezuelanos que acredita estarem envolvidos na explosões de drones durante um discurso do presidente Nicolás Maduro no início deste mês, informou o Ministério de Relações Exteriores do Peru em comunicado na quarta-feira.

O governo da Venezuela acusou políticos da oposição e ativistas anti-Maduro no exterior de planejarem assinar o líder de esquerda com drones repletos de explosivos durante uma parada militar.

Na terça-feira, dois militares graduados foram presos por suspeita de envolvimento com o incidente. No total, quatorze pessoas foram presas e outras continuam à solta, inclusive na vizinha Colômbia e nos Estados Unidos, segundo autoridades venezuelanas.

"Hoje a embaixada peruana em Caracas recebeu um pedido do Ministério de Relações Exteriores da Venezuela para encontrar dois cidadãos venezuelanos procurados pelas autoridades daquele país por seu suposto envolvimento no que o governo descreve como um 'ataque contra o presidente da Venezuela'", disse o ministério peruano.

A pasta acrescentou que repassou as informações às autoridades peruanas pertinentes, que localizarão os dois venezuelanos "caso eles tenham entrado no Peru".

Críticos de Maduro dizem que o presidente está usando o incidente para reprimir dissidências e consolidar seu poder no país em meio a uma crise econômica que tem provocado hiperinflação e quedas de energia.

Maduro diz que seu governo é vítima de uma "guerra econômica" liderada por ativistas opositores com a ajuda de Washington.

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