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Venezuela ordena saída de diplomatas panamenhos do país

Governo ordenou a saída de quatro diplomatas panamenhos do país, entre eles o embaixador em Caracas

Ativista da oposição atira pedra durante protesto na Venezuela: diplomatas têm 48 horas para abandonar o território venezuelano (Juan Barreto/AFP)

Ativista da oposição atira pedra durante protesto na Venezuela: diplomatas têm 48 horas para abandonar o território venezuelano (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 09h54.

Panamá - O governo da Venezuela ordenou nesta quinta-feira a saída de quatro diplomatas panamenhos do país, entre eles o embaixador em Caracas, que têm 48 horas para abandonar o território venezuelano, informou o vice-chanceler do Panamá, Mayra Arosemena.

"No dia de hoje recebemos uma nota de parte da chancelaria em Caracas que foi entregue em nossa embaixada e declara 'persona non grata' nosso embaixador e outros três diplomatas acreditados na Venezuela", disse Arosemena à imprensa.

Os diplomatas em questão são o embaixador Pedro Pereira, o encarregado de negócios Jaime Serrano e outros dois funcionários da embaixada em Caracas.

"Determinamos a saída do nosso pessoal hoje e viajarão amanhã (sexta-feira)", revelou Arosemena, acrescentando que o Panamá não adotará a mesma medida em relação aos diplomatas venezuelanos.

"Não vamos declarar ninguém 'persona non grata". Se querem partir, farão por vontade própria", disse Arosemena. "Nosso governo tem a intenção de manter as melhores relações com a Venezuela".

Na quarta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, rompeu relações com o governo "lacaio" do Panamá, acusando-o de favorecer uma intervenção estrangeira no país.

"Decidi romper relações com o atual governo do Panamá (...) Estão tentando criar condições para justificar uma intervenção militar estrangeira na Venezuela", criticou Maduro.

A pedido do Panamá, o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) analisa no momento uma proposta de convocar uma consulta de chanceleres visando uma solução para a crise na Venezuela, onde um mês de protestos sociais já deixaram 20 mortos, mais de 250 feridos e dezenas de denúncias de violações dos direitos humanos.

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