Mundo

Presidente da Venezuela oferece asilo humanitário a Snowden

O presidente venezuelano acrescentou que vários governos latino-americanos têm manifestado desejo de assumir uma posição semelhante à de seu país, mas não deu detalhes


	"Decidi oferecer asilo humanitário ao jovem americano Edward Snowden para que na pátria de (Simón) Bolívar e de (Hugo) Chávez possa vir a viver", disse Maduro em discurso
 (Ivan Sekretarev/AFP)

"Decidi oferecer asilo humanitário ao jovem americano Edward Snowden para que na pátria de (Simón) Bolívar e de (Hugo) Chávez possa vir a viver", disse Maduro em discurso (Ivan Sekretarev/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2013 às 22h13.

Caracas - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira que decidiu oferecer asilo humanitário ao ex-contratado da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden.

"Como chefe de Estado e de governo da República Bolivariana da Venezuela decidi oferecer asilo humanitário ao jovem norte-americano Edward Snowden para que na pátria de Bolívar e de Chávez possa vir a viver da perseguição imperial norte-americana", afirmou Maduro em um ato militar.

A Casa Branca não quis comentar a oferta de asilo da Venezuela para Snowden.

O presidente venezuelano acrescentou que vários governos latino-americanos têm manifestado desejo de assumir uma posição semelhante à de seu país, mas não deu detalhes.

Maduro não disse se o governo venezuelano recebeu um pedido de asilo do norte-americano de 30 anos.

Mas ele afirmou que a Venezuela estava pronta para lhe oferecer um lugar, e que os detalhes que Snowden revelou de um programa de espionagem dos EUA expuseram os esquemas nefastos do "império".

"Ele disse a verdade, no espírito de rebelião, sobre os EUA espionando o mundo inteiro", disse Maduro.

"Quem é o culpado? Um jovem ... que denuncia os planos de guerra, ou o governo dos EUA, que lança bombas e armas para a oposição síria terrorista contra o povo e o legítimo presidente Bashar al-Assad?" "Quem é o terrorista? Quem é o delinquente global?" Snowden, um ex-funcionário da NSA procurado pelos EUA sob a acusação de espionagem, estaria vivendo em uma área de trânsito no aeroporto de Moscou desde a sua chegada na capital russa, em 23 de junho, vindo de Hong Kong.

O presidente russo, Vladimir Putin, se recusou a extraditar o ex-agente dos EUA, e autoridades no país estão satisfeitas por ter conseguido ficar de fora da influência de Washington desde Snowden revelou detalhes de programas secretos de vigilância do governo dos EUA.


Mas Moscou também deixou claro que Snowden é um convidado cada vez mais desagradável, porque quanto mais ele ficar, maior será o risco de causar danos às relações com os Estados Unidos.

Snowden pediu asilo em diversos países, incluindo Equador, mas a maioria diz que ele deveria estar no seu território para que o pedido fosse aceito.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, disse nesta sexta-feira que seu país recebeu um pedido de asilo de Edward Snowden e destacou que pode aceitar a solicitação se as circunstâncias permitirem.

Atualizada às 22h13

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaEdward SnowdenNicolás MaduroPolíticos

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA