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Venezuela expulsa parlamentares europeus que se reuniram com Guaidó

Um dos deputados afirmou que eles foram convidados por "quem é presidente da Venezuela" e foram expulsos por "quem não é",em alusão a Maduro

Venezuela: "Condenamos a atitude do Governo da Venezuela, do senhor Maduro, do Governo que como sabem é questionado", disse Borrell (Manaure Quintero/Reuters)

Venezuela: "Condenamos a atitude do Governo da Venezuela, do senhor Maduro, do Governo que como sabem é questionado", disse Borrell (Manaure Quintero/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de fevereiro de 2019 às 10h47.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2019 às 11h21.

Madri — O deputado espanhol do Parlamento Europeu, Esteban González Pons, um dos que foram expulsos da Venezuela pelo governo de Nicolás Maduro, reivindicou nesta segunda-feira que as credenciais de todos os embaixadores do regime chavista sejam retiradas na União Europeia (UE), e que se confisquem os bens e se impeça a entrada na Europa do chanceler Jorge de Arreaza.

Em entrevista coletiva em Madri, González Pons exigiu que a UE e a Espanha se retirem do grupo de contato de países europeus e latino-americanos que promove o diálogo entre Maduro e o líder opositor Juan Guaidó.

González Pons, do Partido Popular (centro-direita), relatou à imprensa as circunstâncias da expulsão de vários membros do Parlamento Europeu convidados pela Assembleia Nacional da Venezuela para se reunirem com Guaidó, que se autoproclamou presidente do país em 23 de janeiro.

Segundo Pons, os europarlamentares foram convidados por "quem é presidente da Venezuela", em alusão a Guaidó, e foram expulsos por "quem não é", em referência a Maduro.

O político espanhol anunciou que o grupo de eurodeputados viajará no próximo sábado para a Colômbia, a convite do governo local, para permitir que a ajuda humanitária seja transferida deste país à Venezuela: "Eles nos expulsaram, mas voltaremos no sábado", enfatizou.

Durante a entrevista coletiva, Pons contou que, assim que desceram do avião "com todos os papéis em ordem", os eurodeputados foram levados para "um pequeno quarto", onde seus passaportes foram apreendidos e, sem nenhum documento explicativo, foram informados que seriam expulsos do país; também afirmou que os agentes venezuelanos "verificaram" seus telefones e tentaram "apagar" o que tinham gravado.

O eurodeputado argumentou que se tratava de uma viagem "justificada institucionalmente" e que não haviam objeções para que o grupo se reunisse "com o governo 'de facto' da Venezuela".

"A luta do povo venezuelano segue e o tirano fecha portas e janelas, além de apagar as luzes para que não vejamos", denunciou González Pons.

Por outro lado, o chanceler Arreaza disse no Twitter que o governo venezuelano notificou os eurodeputados "há vários dias (...) que não seriam admitidos" na Venezuela.

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