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Venezuela envia nota de repúdio aos EUA por sanção

O Tesouro americano acusa El Aissami de facilitar, proteger e supervisionar o envio de drogas da Venezuela até o México e EUA

Maduro e Aissami: o documento foi entregue na terça-feira pela chanceler da Venezuela durante reunião com o responsável por negócios da embaixada americana (Palácio de Miraflores/Reuters)

Maduro e Aissami: o documento foi entregue na terça-feira pela chanceler da Venezuela durante reunião com o responsável por negócios da embaixada americana (Palácio de Miraflores/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 17h46.

O governo venezuelano entregou uma nota de repúdio ao responsável pelos negócios da embaixada dos Estados Unidos em Caracas, Lee McCleanny, após o vice-presidente Tareck El Aissami sofrer sanções por Narcotráfico impostas por Washington.

O documento foi entregue na noite de terça-feira (15) pela chanceler Delcy Rodríguez durante uma reunião com McClenny.

"A nota de repúdio enviada reprova as ações do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro americano", declarou a chancelaria em sua conta do Twitter.

O Tesouro americano acusa El Aissami - vice-presidente desde 4 de janeiro - de facilitar, proteger e supervisionar o envio de drogas da Venezuela até o México e Estados Unidos, enquanto exercia o cargo de ministro de Interiores (2008-2012)e governador do estado de Aragua (2012-2017).

Por isso, foi ordenado o congelamento dos bens que possam pertencer nos Estados Unidos ao funcionário e o empresário Samark José López Bello, a quem se refere como "testa de ferro". Também foi proibido que cidadãos e empresas desses países façam negócio com eles.

Segundo a chancelaria, Rodríguez "exige o devido respeito" ao vice-presidente "conforme à Convenção de Viena" sobre relações diplomáticas.

Os Estados Unidos e a Venezuela precisam de mais embaixadores desde 2010.

O presidente Nicolás Maduro teria exigido ao governo americano na terça que se retratasse e se desculpasse publicamente a El Aissami.

"É uma agressão que a Venezuela responderá pouco a pouco de forma equilibrada e contundente", declarou o presidente socialista em uma central de rádio e televisão, acompanhado do vice-presidente.

Caracas argumenta que, durante durante a gestão de El Aissami como ministro, as autoridades venezuelanas capturaram 102 chefes do tráfico, e 21 foram extraditados para os Estados Unidos.

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