Mundo

Venezuela diz que 58 estrangeiros foram presos em protestos

De acordo com o governo venezuelano, 58 estrangeiros foram presos em posse de armas durante protestos, que "não foram espontâneos"


	De acordo com o governo venezuelano, os protestos contra o presidente Nicolás Maduro não foram espontâneos, 58 estrangeiros foram presos por incitar as manifestações
 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

De acordo com o governo venezuelano, os protestos contra o presidente Nicolás Maduro não foram espontâneos, 58 estrangeiros foram presos por incitar as manifestações (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 17h53.

CARACAS - A Venezuela afirmou nesta sexta-feira que pelo menos 58 estrangeiros foram detidos sob suspeita de terem incitado uma onda de violentos protestos contra o governo socialista nos últimos três meses.

O ministro do Interior, Miguel Rodríguez, disse em entrevista coletiva que vários colombianos, um norte-americano, um espanhol e um árabe estavam entre as dezenas de "mercenários" que, garante ele, incitaram a violência durante as manifestações contra o presidente Nicolás Maduro.

"Até a data são 58 presos de outras nacionalidades, quase todos envolvidos com o uso de armas", disse Rodríguez.

Desde o início dos protestos, em fevereiro, 41 pessoas morreram e 800 ficaram feridas, segundo dados oficiais.

Maduro, que parece ter resistido à pior onda de protestos em mais de uma década no país, afirma que a oposição está planejando um golpe com a ajuda dos Estados Unidos.

Rodríguez acusou os políticos de direita norte-americanos, o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe e vários ativistas de direitos humanos e opositores venezuelanos de estarem envolvidos em um plano para provocar os distúrbios, uma denúncia comum nos últimos 15 anos de socialismo.

"Os protestos não foram espontâneos", disse ele.

"O que a Venezuela está vivendo é, sem dúvida alguma, um plano de conspiração insurrecional com o claro propósito de derrubar o governo legitimamente estabelecido no país, e esse plano obedece a um objetivo estratégico permanente do Departamento de Estado dos Estados Unidos", disse.

Os manifestantes da oposição negam as acusações, dizendo que os protestos nasceram da frustração dos venezuelanos com a alta inflação, a criminalidade desenfreada e a escassez de produtos básicos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEstados Unidos (EUA)Nicolás MaduroPaíses ricosPolítica no BrasilPolíticosProtestosProtestos no mundoVenezuela

Mais de Mundo

Milei viaja aos EUA para participar na Assembleia Geral da ONU pela 1ª vez

Milei recebe presidente do Parlamento de Israel e reafirma amizade “forte e histórica”

Maduro pede que aliados não aceitem eletrônicos de presente após explosão de pagers no Líbano

Número de mortos em ataque de Israel ao Líbano sobe para 31