Mundo

Venezuela destaca 1,2 mil militares para "garantir a paz" antes da posse de Maduro

O presidente Nicolás Maduro reiterou que comparecerá à sede do Parlamento – controlado pelo chavismo – no dia 10 de janeiro para ser empossado como presidente reeleito

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 4 de janeiro de 2025 às 08h49.

O governo da Venezuela deslocou 1,2 mil militares por todo o país com o objetivo de “garantir a paz” tendo em vista a tomada de posse da Presidência, prevista para o próximo dia 10, informou nesta sexta-feira o Comando Operacional Estratégico de das Forças Armadas Nacionais Bolivariana (CEO-FANB).

“Vamos garantir a paz do país, vamos dar segurança ao povo, vamos garantir que no dia 10 de janeiro o presidente toma posse, no dia 10 tomamos posse com ele”, disse o coronel Alexander Granko Arteaga, membro da Direção Geral de Contra-espionagem Militar (Dgcim), em vídeo publicado no Instagram pelo CEO-FANB.

Granko Arteaga explicou que existem 1,2 mil funcionários da FANB destacados para a “segurança e paz” do país.

“Vamos garantir a paz, aqui a nossa revolução, nosso país está ameaçado, temos desenvolvido operações contra mercenários, têm dado resultados frutíferos e este ano não será exceção”, acrescentou.

O presidente Nicolás Maduro reiterou que comparecerá à sede do Parlamento – controlado pelo chavismo – no dia 10 de janeiro para ser empossado como presidente reeleito por mais seis anos, após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o proclamar vencedor das eleições de 28 de julho do ano passado.

Entretanto, a oposição majoritária, agrupada na Plataforma Democrática Unitária (PUD), denunciou como fraudulento esse resultado e insistiu que seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o vencedor das eleições presidenciais.

González Urrutia, exilado na Espanha desde setembro, garantiu que retornará à Venezuela para a posse, por isso pediu aos cidadãos que assumam “o compromisso conjunto” de fazer cumprir o “mandato” eleitoral.

Ontem, a polícia venezuelana ofereceu uma recompensa de US$ 100 mil a quem souber do paradeiro de González Urrutia, segundo uma publicação compartilhada por diversas instituições através do Instagram.

Na imagem, em que aparece o rosto de González Urrutia com as palavras “Procurado”, o opositor é acusado dos crimes de “cumplicidade na utilização de atos violentos contra a república, usurpação de funções, falsificação de documentos, legitimação de capital, desconhecimento das instituições do Estado, incitação à desobediência às leis, associação para a prática de crime”.

Acompanhe tudo sobre:Venezuela

Mais de Mundo

China rejeita acusação dos EUA de ter violado acordo sobre tarifas

Após campanha dominada por impeachment de Yoon, Coreia do Sul vai às urnas escolher novo presidente

Candidato nacionalista conservador vence no segundo turno presidencial da Polônia

Rússia e Ucrânia podem negociar acordo de paz nesta segunda-feira