Mundo

Venezuela debate sanções dos EUA contra seu sistema financeiro

A Assembleia Nacional Constituinte do país "votarão acordos em rejeição às ações unilaterais, que buscam afetar a dinâmica econômica do povo venezuelano"

Venezuela: os mais de 500 constituintes, todos oficialistas, "votarão acordos em rejeição às ações unilaterais" (Tony Gentile/Reuters)

Venezuela: os mais de 500 constituintes, todos oficialistas, "votarão acordos em rejeição às ações unilaterais" (Tony Gentile/Reuters)

E

EFE

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 11h54.

Caracas - A Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela debaterá nesta segunda-feira, em sessão plenária, um acordo em rejeição às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao país e avaliará a posição dos opositores que respaldaram estas medidas, e os que prometeram processá-los.

Os mais de 500 constituintes, todos oficialistas, "votarão acordos em rejeição às ações unilaterais, que buscam afetar a dinâmica econômica do povo venezuelano", informou a agência estatal venezuelana AVN que recolhe uma informação oferecida pela presidente do órgão, Delcy Rodríguez.

Na sexta-feira, o governante americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva na qual proíbe as "negociações em dívida novas e capital emitido pelo Governo da Venezuela e sua companhia petrolífera estatal", nas primeiras sanções ao sistema financeiro venezuelano.

A chefe da ANC antecipou também que neste debate será abordada "a postura de setores de oposição, que apoiam abertamente as ações para bloquear as transações internacionais do país".

Rodríguez culpa a oposição venezuelana destas sanções, pois ela pede aos EUA uma intervenção militar e um "bloqueio financeiro" ao país, e em virtude disso hoje anunciou que a nova Carta Magna que planejam redigir estabelecerá artigos "mais restritos" para os que cometam delitos contra a ordem constitucional.

A oposição venezuelana, reunida na Mesa da Unidade Democrática (MUD), tinha ficado em silêncio até domingo quando anunciou seu apoio às sançõe impostas de qualquer Governo do mundo a "vagabundos, violadores de direitos humanos e saqueadores dos recursos públicos" na Venezuela.

Através de um comunicado, disseram que, além disso, respaldarão e solicitarão "o apoio diplomático mundial que contribua para o restabelecimento constitucional e democrático na Venezuela ".

Os opositores poderiam ser justamente um dos castigados por respaldar estas sanções, já que o Governo de Nicolás Maduro solicitou "um julgamento histórico" contra os líderes da MUD que pediram ações contra o Estado venezuelano, o que é visto como um delito de "traição à pátria".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Donald TrumpVenezuelaCrise políticaAssembleia Constituinte

Mais de Mundo

Incerteza sobre aliança com os EUA leva Japão a reabrir debate sobre armas nucleares

EUA dependem do Brasil para fazer carne moída, diz entidade americana que pede fim das tarifas

Justiça da Colômbia ordena libertação de Uribe enquanto decide sobre condenação

Venezuela diz que 'ameaças' dos EUA põem em risco estabilidade latino-americana