Nicolás Maduro: governo do presidente venezuelano considerou as declarações "uma ingerência e profundamente desrespeitosas" (Enrique De La Osa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 06h20.
A Venezuela considerou "insolente e desrespeitosa" a resolução do Parlamento Europeu que condenou a perseguição de opositores ao chavismo e as declarações no mesmo sentido da chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
Em um comunicado, o ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirma que a Europa tenta desviar a atenção da crise na região ao fazer acusações contra o governo chavista.
"A Venezuela manifesta a mais profundo rejeição à resolução do Parlamento Europeu, assim como as declarações insolentes da Alta Representante da União Europeia, Federica Mogherini", pois "atentam contra a soberania e as instituições democráticas do Governo Bolivariano".
"É preocupante que o Parlamento Europeu e a Alta Representante da UE desviem a atenção da grave crise econômica que afeta os países membros da União Europeia, produto de cortes na área social e da consequente pobreza estrutural a que estão submetidas suas populações, e centrem seus esforços em desacreditar as conquistas da Revolução Bolivariana", completa a nota.
O governo do presidente Nicolás Maduro considerou as declarações "uma ingerência e profundamente desrespeitosas".
Na quinta-feira, o Parlamento Europeu condenou a "perseguição" política na Venezuela, assim como a "repressão" da oposição, o uso da violência e a detenção de manifestantes.
Na sexta-feira, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, afirmou estar "seriamente preocupada" com as "contínuas detenções arbitrárias de líderes e de estudantes".