Mundo

Venezuela começa vacinação de professores contra a covid-19

O governo prevê que cerca de 100 mil professores sejam imunizados com a vacina do laboratório chinês Sinopharm

A Venezuela lançou seu plano de imunização contra a covid-19 em 18 de fevereiro, após receber um primeiro lote da vacina russa Sputnik V. (AFP/AFP)

A Venezuela lançou seu plano de imunização contra a covid-19 em 18 de fevereiro, após receber um primeiro lote da vacina russa Sputnik V. (AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 8 de março de 2021 às 19h53.

A Venezuela começou a vacinar professores contra a covid-19 nesta segunda-feira (8), em um momento em que o presidente venezuelano pediu a volta às aulas presenciais em abril.

O governo prevê que cerca de 100 mil professores sejam imunizados com a vacina do laboratório chinês Sinopharm neste país de 30 milhões de habitantes, segundo o ministro da Saúde, Carlos Alvarado.

“Se formos todos vacinados, podemos voltar (...). Há mais confiança para o professor voltar às aulas e ficar com os nossos jovens”, disse à AFP Beberly Barrera, de 38 anos, coordenadora de estabelecimentos públicos de ensino de uma das paróquias de Caracas, após ter sido vacinada.

O presidente Nicolás Maduro disse no fim de semana que as aulas presenciais, suspensas em março de 2020, devem ser retomadas em abril, embora não tenha especificado detalhes.

A Venezuela lançou seu plano de imunização contra a covid-19 em 18 de fevereiro, após receber um primeiro lote da vacina russa Sputnik V, que se destinava a trabalhadores do setor de saúde e também às autoridades. Maduro recebeu a primeira dose no sábado.

Segundo o governo, 200 mil doses da Sputnik V chegaram ao país sul-americano, de um total de 10 milhões acertado com Moscou, e 500 mil da Sinopharm.

Com 142.338 infecções por covid-19 e 1.384 mortes, segundo dados oficiais questionados por organizações como a Human Rights Watch, a Venezuela também reservou entre 1,4 milhão e 2,4 milhões de vacinas AstraZeneca por meio do sistema Covax de Saúde da Organização Mundial, mas não puderam receber devido a dívidas com a OMS.

O governo Maduro viu seu acesso às contas estatais no exterior limitado, com fundos bloqueados cujo controle está nas mãos do líder oposicionista Juan Guaidó, reconhecido como o presidente responsável pelo país pelos Estados Unidos e cinquenta governos.

No último ano, o governo socialista promoveu um esquema de educação à distância, prejudicado por graves deficiências nos serviços de eletricidade e internet.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEducaçãoPandemiavacina contra coronavírusVacinasVenezuela

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia