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Venezuela: chavismo aumenta domínio em eleições municipais e oposição fica em minoria

Chavismo passou de 212 prefeituras para "mais de 285", de um total de 335 municípios. O presidente Nicolás Maduro classificou o resultado como uma "vitória histórica"

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 28 de julho de 2025 às 11h17.

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O chavismo aumentou seu domínio nas prefeituras da Venezuela após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por funcionários alinhados ao governo, anunciar sua vitória nas eleições na maioria dos municípios do país, nas quais não participou a maior coalizão opositora, a Plataforma Unitária Democrática (PUD).

Pouco depois de o órgão eleitoral anunciar os resultados, com base em uma apuração de 82,45% das urnas, o presidente Nicolás Maduro, líder do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), celebrou o que considera uma "vitória histórica", com a qual o chavismo passou de 212 prefeituras para "mais de 285", de um total de 335 municípios.

Ao lado da prefeita reeleita do município Libertador de Caracas, a ex-ministra Carmen Meléndez, o chefe de Estado dedicou este resultado, com o qual - segundo disse - obtiveram "23 capitais das 24", ao falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013), que nesta segunda-feira, 28 de julho, completaria 71 anos.

Maduro celebrou que o chavismo tenha "recuperado" a cidade de Maracaibo, capital do petrolífero estado de Zulia (fronteiriço com a Colômbia), até então controlada pela oposição.

"Creio também, creio firmemente, que hoje foi o dia do nascimento de uma nova oposição venezuelana, que tem a obrigação de governar bem a partir das 50 prefeituras que ganhou, e contará com nossa mão estendida", declarou Maduro.

Meléndez, por sua vez, afirmou que se trata de "um dia de história" e "de pátria" para Caracas, com esta "grande vitória", que, ressaltou, será celebrada com uma marcha e um concerto na capital.

O CNE indicou que, até às 23h28 de domingo (horário local, 0h28 de segunda-feira em Brasília), registrava-se uma participação de "mais de 44% dos eleitores ativos", em um processo no qual podiam participar cerca de 21,5 milhões de venezuelanos.

Horas antes, a líder opositora María Corina Machado assegurou que 90% do país "disse não" a Maduro neste domingo, ao mesmo tempo em que prometeu a liberdade da Venezuela como um "golpe histórico" contra o "crime organizado, o narcotráfico e o terrorismo" no continente.

O voto opositor

Nestes pleitos não participou a maior coalizão opositora, a PUD, liderada por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, por considerar que não há garantias após a "fraude" denunciada nas eleições presidenciais de um ano atrás, nas quais o CNE proclamou Maduro como vencedor.

Os opositores Gustavo Duque e Darwin González, prefeitos dos municípios caraquenhos de Chacao e Baruta, respectivamente, foram reeleitos, enquanto Fernando Malena, do Movimento Ecológico, venceu em El Hatillo, segundo o CNE.

Em suas primeiras declarações após a divulgação dos resultados da jornada, Duque considerou que Chacao também "falou de maneira contundente" ao reelegê-lo, por isso disse estar orgulhoso e expressou seu compromisso com os habitantes deste município, bastião da oposição.

"Nos deram a oportunidade de continuar sendo úteis, especialmente aos meus queridos vizinhos vulneráveis. Daqui em diante meu compromisso é ainda maior", destacou o prefeito, que fez um chamado para fazer da Venezuela "uma pátria grande".

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