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Venezuela: Capriles critica decisões da Suprema Corte

Candidato disse que o governo do presidente Hugo Chávez recorre a táticas "desesperadas" para evitar que os dois partidos apoiem a oposição

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2012 às 18h29.

Caracas - A Suprema Corte da Venezuela emitiu decisões que abalaram a liderança de dois partidos políticos pequenos, o Podemos e o Pátria Para Todos (PPT), aparentemente evitando que os dois grupos apoiem o candidato da oposição à presidência da Venezuela, Henrique Capriles. O candidato criticou as decisões da Suprema Corte, ao dizer que o governo do presidente Hugo Chávez recorre a táticas "desesperadas" para evitar que os dois partidos apoiem a oposição. Os dois partidos eram chavistas mas se moveram para a oposição ao presidente.

Os críticos de Chávez acusaram o presidente repetidas vezes de usar uma influência não devida sobre o judiciário e também de usá-la contra seus adversários. Chávez negou as acusações. "Apenas os que estão desesperados recorrem a trapaças judiciais", disse Capriles em uma mensagem no Twitter. "Façam o que fizerem, a maioria das bases dessas organizações políticas estão conosco", disse Capriles.

A Suprema Corte disse em comunicado na quinta-feira que reconhece o ex-governador Didalco Bolívar, pró Chávez, como líder do Podemos, ao invés do atual líder do partido, Ismael García, um crítico ferrenho do governo. Uma determinação parecida foi emitida na quarta-feira em relação ao PPT. A decisão anulou a plenária interna feita no partido e afirmou que um novo sufrágio precisa ser feito em 90 dias.

As decisões parecem evitar que os dois partidos anunciem apoio a Capriles antes da data limite marcada para indicarem qual candidato presidencial apoiarão, que é a segunda-feira. Capriles e Chávez deverão formalizar suas candidaturas no domingo e na segunda-feira, respectivamente, enquanto se preparam para as eleições presidenciais de 7 de outubro.

Bolívar, ex-governador do Estado de Aragua, já enfrentou acusações de corrupção e mudou algumas vezes sua lealdade política. Ele brigou com Chávez em 2007, quando recusou-se a participar dos projetos do presidente para que vários partidos se unificassem no Partido Socialista da Venezuela (PSUV). Em 2009, Bolívar foi quase preso, após sofrer acusações de corrupção, e exilou-se no Peru. Ele voltou à Venezuela em agosto de 2011 ao dizer que enfrentaria a Justiça. Ele foi detido mas solto logo depois. Desde a volta à Venezuela, Bolívar manifestou repetidas vezes apoio a Chávez.

As informações são da Associated Press.

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