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Venezuela: Brasil esperará atas oficiais e que falta de transparência 'incomoda', diz Celso Amorim

Assessor especial, disse que está se informando sobre o pleito do último domingo; representantes dos EUA, de países da América e da Europa cobraram demonstração detalhada dos votos registrados pelos eleitores

Brasília (DF), 29/05/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brasília (DF), 29/05/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 29 de julho de 2024 às 10h37.

Última atualização em 29 de julho de 2024 às 11h34.

Enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhar as eleições na Venezuela, o assessor especial Celso Amorim afirmou nesta segunda-feira que o governo espera os "dados necessários" para se pronunciar sobre o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que apontou a vitória de Nicolás Maduro. Amorim afirmou ainda que a falta de transparência "incomoda".

"Eu ainda estou me informando. O problema que incomoda mais é a transparência [...] O governo continua acompanhando até ter os dados necessários para fazer uma coisa com base, como em toda eleição. Tem que ser transparente, não estou ponde em dúvida necessariamente o que está sendo dito, mas o governo ficou de fornecer as atas das quais esse número resulta, mas isso ainda não aconteceu".

Amorim deve permanecer na Venezuela até amanhã realizando conversas sobre as eleições. Ele conversou com o presidente Lula na noite deste domingo e já pela manhã desta segunda-feira. Não há previsão de contato entre Lula e Maduro até o momento.

O resultado anunciado pelo CNE na madrugada desta segunda-feira, com 80% das urnas apuradas indicou a reeleição do chavista para um terceiro mandato de seis anos, com mais de 5,1 milhões de votos, cerca de 51,2%, contra 4,4 milhões, ou 44,2%, obtidos pelo candidato opositor, Edmundo González. A oposição denuncia não ter tido acesso a 100% das atas de votação, e contesta o resultado final, apontando que o candidato Edmundo González Urrutia é o verdadeiro vencedor.

Representantes de EUA e de países da América e da Europa cobraram a divulgação de todas as atas de votação e a demonstração detalhada dos votos registrados pelos eleitores no domingo.

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