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Venezuela autoriza 2ª etapa de referendo contra Maduro

O anúncio era esperado pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) há mais de uma semana


	Nicolas Maduro: o anúncio era esperado pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) há mais de uma semana
 (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

Nicolas Maduro: o anúncio era esperado pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) há mais de uma semana (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2016 às 14h26.

Caracas - A presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Tibisay Lucena, confirmou nesta sexta-feira que a etapa de validação de mais de 1,3 milhões de assinaturas de pessoas que apoiam o início de um referendo para revogar o mandato do presidente do país, Nicolás Maduro, será realizado entre os próximos dias 20 e 24 deste mês.

Lucena disse aos jornalistas que após a "apuração" de mais de 600 mil assinaturas, agora terá início à nova fase de cinco dias, para que as pessoas confirmem seu apoio ao processo. Depois, haverá uma "revisão da validação", que se estenderá até o dia 26 de julho.

A presidente da CNE informou, além disso, que será publicada a partir de hoje, no site do órgão, uma base de dados com os nomes das 1,3 milhão de pessoas que assinaram o apoio do referendo e, se assim desejarem, possam excluir seus nomes da relação.

"Entre os dias 13 e 17 de junho, aquelas pessoas que têm alguma exigência e queiram excluir seus nomes, devem imprimir a planilha publicada na página oficial do CNE e comparecer aos escritórios regionais correspondentes", disse.

Em uma breve declaração, Lucena exigiu que "as partes envolvidas" no processo de ativação do revogatório "respeitem à integridade dos funcionários eleitorais e as sedes regionais do CNE".

"Queremos dizer muito enfaticamente que qualquer agressão, alteração da ordem ou violência provocarão a suspensão imediata do processo até que se restabeleça a ordem, a tranquilidade e o respeito", afirmou Lucena.

O alerta da presidente do CNE ocorre um dia depois de cerca de 20 deputados da oposição terem sido agredidos por supostos simpatizantes chavistas em frente à sede do órgão eleitoral. No incidente, o líder da bancada opositora, Julio Borges, sofreu vários ferimentos no rosto.

Horas depois do episódio, Luis Emilio Rondón, o único dos cinco membros do CNE que é ligado à oposição, anunciou que a etapa de validação da assinatura teria início no próximo dia 20.

O anúncio era esperado pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) há mais de uma semana, período em que pressionou o CNE por respostas com diferentes protestos.

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