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Venezuela adverte Espanha que “não tolerará escalada de agressões”

Ministro das Relações Exteriores venezuelano conversou com chanceler espanhol e seguiu afirmando que cidadãos do país europeu estão envolvidos em atos terroristas

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 06h52.

Última atualização em 18 de setembro de 2024 às 07h06.

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O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, advertiu que o governo do país “não tolerará uma escalada de agressões e interferências por parte da Espanha”, após uma conversa telefônica com o chanceler espanhol, José Manuel Albares, na terça-feira, 17.

No telefonema, Albares pediu que Gil confirmasse a identidade dos dois espanhóis detidos recentemente no país sul-americano, seu paradeiro e as acusações formais apresentadas contra eles.

A conversa ocorreu a pedido do ministro das Relações Exteriores espanhol para obter informações sobre os espanhóis indiciados por terrorismo pelo governo venezuelano, “conforme exigido pela Convenção de Viena”, de acordo com o próprio Albares, que mais uma vez negou qualquer ligação entre os dois e o Centro Nacional de Inteligência da Espanha (CNI), ao contrário da acusação feita por autoridades da Venezuela.

Após a confirmação de que recebeu o telefonema, Gil, que não disse se respondeu ao pedido de Albares, insistiu que os detidos estão envolvidos em atos terroristas, conforme denunciado pelo Ministério Público venezuelano e pelo próprio presidente do país, Nicolás Maduro.

“Desmantelamos e desvendamos um plano terrorista que pretendia atacar o povo, assassinar o presidente, a vice-presidente (Delcy Rodríguez) e outras autoridades, liderado por um militar americano da ativa e com os envolvidos de origem espanhola que foram apontados publicamente pelo nosso Ministério de Interior, Justiça e Paz”, reiterou.

Gil afirmou que ratificou a Albares que o desrespeito às “instituições constitucionais é uma linha vermelha”, e que o governo Maduro “está pronto para tomar medidas para salvaguardar sua soberania”.

“Queremos que o governo espanhol retifique imediatamente, condene o terrorismo sem ambiguidade e assuma os compromissos que lhe correspondem no âmbito do direito internacional”, acrescentou.

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