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Venezuela acusa EUA de intromissão em poderes de Maduro

Venezuela acusou os EUA de intromissão, depois que Departamento de Estado expressou preocupação com os amplos poderes concedidos ao presidente Nicolás Maduro


	Nicolás Maduro: segundo a chancelaria venezuelana, os Estados Unidos têm um "grave desconhecimento da realidade de nosso país"
 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Nicolás Maduro: segundo a chancelaria venezuelana, os Estados Unidos têm um "grave desconhecimento da realidade de nosso país" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 13h47.

Caracas - A chancelaria venezuelana acusou nesta quinta-feira os Estados Unidos de intromissão, depois que o Departamento de Estado expressou preocupação com os amplos poderes concedidos ao presidente Nicolás Maduro para governar por decreto durante um ano.

Em um comunicado, o ministério das Relações Exteriores expressou sua rejeição "mais profunda, categórica e enérgica" ante as declarações feitas na véspera pela porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, que afirmou que seu país está preocupado pelos poderes especiais concedidos a Maduro.

"Estas declarações são um novo indício da intromissão das autoridades dos Estados Unidos nos assuntos internos de nosso país e constituem um ato que evidencia como a oposição venezuelana executa, com imprudência, a agenda delineada pelo Departamento de Estado americano para desestabilizar nossa Pátria", diz o texto.

Na terça-feira, a maioria governista da Assembleia Nacional venezuelana aprovou uma denominada "lei habilitante" que concede amplos poderes a Maduro para levar adiante o que apresentou como sua guerra econômica, combater a corrupção e impulsionar uma "ordem econômica de transição ao socialismo".

Segundo a chancelaria venezuelana, os Estados Unidos têm um "grave desconhecimento da realidade de nosso país" e afirma que a Constituição legal contempla a habilitação de um presidente para ditar decretos e leis mediante poderes especiais.

Na quarta-feira, Psaki disse em Washington que a medida, embora "seja permitida pela Constituição na Venezuela (...), não é boa porque, segundo pensamos, é importante que as pessoas tenham voz em qualquer processo de tomada de decisão".

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