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Venezuela acusa EUA de apoiar "golpe" e rechaça antecipar eleições

"Os Estados Unidos não estão por trás do golpe de estado, estão à frente, dão e ditam as ordens", disse o chanceler venezuelano

Venezuela: o Conselho de Segurança da ONU discutiu hoje a crise na Venezuela (Edgard Garrido/Reuters)

Venezuela: o Conselho de Segurança da ONU discutiu hoje a crise na Venezuela (Edgard Garrido/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 17h24.

Nações Unidas - O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, acusou neste sábado os Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU de estar à frente de um "golpe de estado" no país sul-americano, e rechaçou antecipar eleições, após a cobrança feita por Reino Unido, França, Alemanha e Espanha para que elas sejam convocadas em um prazo de oito dias.

"Os Estados Unidos não estão por trás do golpe de estado, estão à frente, dão e ditam as ordens, não só à oposição venezuelana, mas aos países satélites", disse Arreaza, além de acusar o governo americano de fazer uma "grosseira intervenção" e de "ingerência".

O Conselho de Segurança da ONU discutiu hoje a crise na Venezuela, a pedido dos Estados Unidos e apesar da rejeição de Rússia e China, após o presidente do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, se proclamar presidente interino do país.

Arreaza também acusou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, de ter dado "sinal verde" para um "golpe de estado" por causa de um recente vídeo no qual mostrou apoio a Guaidó e às manifestações convocadas pela oposição.

O ministro alegou que as Nações Unidas não deveriam permitir o comportamento dos Estados Unidos e criticou duramente Reino Unido, França, Alemanha e Espanha por darem um prazo de oito dias ao presidente Nicolás Maduro para que convoque eleições - ou então reconheceriam Guaidó como chefe de governo - e disse que a União Europeia não tem nenhuma legitimidade para fazer ultimatos à Venezuela.

Arreaza também perguntou por que o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, não convocava eleições gerais, já que assumiu o poder após uma moção de censura contra o antecessor no cargo, Mariano Rajoy.

"Querem levar a Venezuela a uma guerra civil. Não vão conseguir", declarou o chanceler venezuelano.

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