Veneza: cidade atrai cerca de 30 milhões de turistas por ano, o que motiva discussões sobre a conservação da cidade (Stefano Mazzola/Awakening/Getty Images)
Reuters
Publicado em 24 de junho de 2019 às 14h42.
Última atualização em 24 de junho de 2019 às 16h06.
Roma — Veneza deve ser colocada na lista de cidades em risco, e navios de cruzeiro devem ser proibidos de adentrar suas águas para prevenir um desastre ecológico. É o que disse o principal grupo de conservação da Itália nesta segunda-feira (24).
O pedido ocorre menos de um mês após um cruzeiro colidir com um cais e um barco turístico em Veneza, ferindo quatro pessoas e reacendendo um velho debate na Itália sobre como proteger a cidade histórica, que atrai cerca de 30 milhões de turistas por ano.
"Veneza é única e não podemos permitir que ela seja destruída ainda mais do que já foi", disse Mariarita Signorini,presidente nacional da Italia Nostra, cuja missão é defender a herança nacional e cultural do país.
"Veneza é uma das cidades mais ameaçadas do mundo", disse ela durante uma coletiva de imprensa em que foi anunciada a decisão de pedir à Unesco que coloque a cidade em sua lista de Patrimônios da Humanidade em risco.
Veneza e sua lagoa já estão na lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco, mas a organização Itália Nostra diz que o turismo desenfreado, um êxodo constante de residentes antigos e a degradação ambiental representam uma grande ameaça à sobrevivência da cidade.
Segundo o site na Unesco, a lista de risco visa "encorajar ações corretivas".