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Vendas de “1984” voltam a subir após declarações dos EUA

Desta vez, o aumento veio após a Casa Branca anunciar que usou fatos alternativos para afirmar que a posse de Trump foi a mais assistida da história

1984: publicado em 1949, o livro é considerado um clássico e tem picos de venda esporádicos (Getty Images/Getty Images)

1984: publicado em 1949, o livro é considerado um clássico e tem picos de venda esporádicos (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 20h14.

Última atualização em 24 de janeiro de 2017 às 20h17.

A distopia 1984, do autor George Orwell, voltou à lista dos livros mais vendidos no site da Amazon nesta semana. Publicado em 1949, o livro é considerado um clássico e tem picos de venda esporádicos.

O último aumento significativo havia sido em 2013, quando Edward Snowden revelou a extensão do programa de espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos).

Coincidência ou não, ele fez sucesso exatamente após um fato que tem tudo a ver com a história: a vigilância do 'Big Brother' na vida das pessoas comuns.

Desta vez, o aumento nas vendas veio um dia depois de a assessoria presidencial afirmar que o porta-voz da Casa Branca usou 'fatos alternativos' aos divulgados pela imprensa para afirmar que a posse de Trump foi a mais assistida da história.

Mais uma vez tudo pode não passar de uma coincidência, mas, no livro, o personagem Winston testemunha e procura formas de escapar de uma sociedade totalmente controlada e manipulada pelo Estado. Os fatos são distorcidos e a própria história é manipulada para contar uma versão mais 'adequada' aos interesses do partido no poder.

A mídia americana tem apontado a possível relação entre o aumento nas vendas da obra, publicada em 1949, e as recentes declarações da Casa Branca.

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