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Venda de souvenirs de Obama e Romney são barômetro eleitoral

Em pesquisas da "urna fictícia" numa loja de lembranças próxima à Casa Branca, Obama vai vencendo, com 50,9%, Romney, que soma 49,1%


	Chocolates com os rostos de Romney e Obama: é possível encontrar quase qualquer tipo de objeto com uma superfície onde se possa imprimir o rosto dos candidatos
 (Christian Hartmann/AFP)

Chocolates com os rostos de Romney e Obama: é possível encontrar quase qualquer tipo de objeto com uma superfície onde se possa imprimir o rosto dos candidatos (Christian Hartmann/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 11h13.

Washington - Souvenires do presidente Barack Obama e do candidato Mitt Romney competem nas estantes das lojas de lembranças até o último dia das eleições, e suas vendas podem ser também uma previsão do resultado final.

As lembranças eleitorais são um setor lucrativo e tanto as campanhas oficiais como as lojas de souvenires, os vendedores ambulantes e online aproveitam esse nicho de mercado a cada quatro anos.

É possível encontrar calendários, adesivos, bótons, ímãs, enfeites de carro, artigos de bebê e quase qualquer tipo de objeto com uma superfície onde se possa imprimir o rosto ou o logotipo da campanha dos candidatos.

Em Washington, numa loja de lembranças próximo à Casa Branca, Andrew Gallager, o gerente, conta que em anos eleitorais as vendas disparam e, embora os lojistas comprem mercadoria em quantidades iguais dos dois candidatos, o público é quem define a demanda.

No estabelecimento de Gallager foi instalado um posto de votação eletrônica em que os clientes podem registrar, com um código, o tipo de artigos que compraram e que, assim como as pesquisas eleitorais, mostra as preferências dos possíveis eleitores.

"Desde 1988 não erramos em nenhum ano", garante Gallager. "Bom, em 2000 acertamos no voto popular", corrigiu, ao lembrar que no fim o republicano George W. Bush, venceu o democrata Al Gore, após uma longa disputa pela apuração dos votos na Flórida.

O comerciante diz que o estabelecimento é "apolítico", mas segundo as pesquisas da sua "urna fictícia", Obama vai vencendo, com 50,9%, Romney, que soma 49,1%.


O comerciante acredita que as pessoas querem mostrar a simpatia por seu candidato e "ter uma lembrança da época", por isso as maiores vendas são esperadas para janeiro de 2013, quando o presidente eleito assumir seu cargo em uma grande cerimônia em Washington.

No entanto, evitando dar números, o lojista comenta que, se Obama voltar a ganhar, não acredita que lucrará tanto como em janeiro de 2008, já que "um primeiro mandato ou presidente novo sempre atrai mais interesse".

As campanhas também venderam seus próprios produtos oficiais como uma alternativa mais popular de arrecadar fundos.

Na loja virtual de Romney há camisetas com o lema "Believe" ("Acreditar"), e "Vote" com o elefante-símbolo do partido, por em média US$ 30. Para os mais originais, há artigos como uma corrente de prata com um pingente com o "R" de Romney por US$ 30 ou um bóton de gravata por US$ 15.

Entre as lembranças de Obama, há broches em prata e ouro com o nome de sua esposa, Michelle, por US$ 35, um garfo de churrasco por US$ 40 e roupas infantis por US$ 20.

Para todos os bolsos há adesivos e ímãs a partir de US$ 5 com todos os tipos de frase, como "Canhotos por Obama", "Hipsters por Obama" ou "Mulheres por Mitt", "Veteranos por Romney" e "Católicos por Romney".

De acordo com uma análise dos dados financeiros das campanhas realizada pelo jornal "USA Today", os seguidores de Obama compraram quatro vezes mais camisetas, xícaras e adesivos para o carro, entre outros produtos do candidato.

A publicação revelou em setembro que a campanha democrata havia gastado US$ 6,7 milhões nesse tipo de produto para sua venda posterior, enquanto a de Romney havia investido 1,6 milhão.

Para além dos artigos oficiais, podem ser encontrados objetos divertidos como os do site "Cafepress.com", onde se encontram produtos ao gosto do consumidor com motivos "AntiObama" e "AntiRomney" de estímulo ao voto, com a frase "Rock the Vote" (algo como "Arrase no Voto"). EFE

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