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Venda de burkinis cresce em meio a debate francês

"No domingo, recebemos 60 pedidos on-line, todos de pessoas não muçulmanas", acrescentou a estilista que diz ter sido a primeira a elaborar o traje


	Burquini: Zanetti, de origem libanesa, explicou ter criado o burkini há mais de 10 anos em Sydney
 (Stringer/Reuters)

Burquini: Zanetti, de origem libanesa, explicou ter criado o burkini há mais de 10 anos em Sydney (Stringer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 11h23.

A polêmica provocada pela proibição do burkini em algumas localidades francesas contribuiu para aumentar as vendas deste traje de banho islâmico, afirmou nesta terça-feira sua criadora australiana, Aheada Zanetti.

"É uma loucura", declarou Zanetti à AFP.

"No domingo, recebemos 60 pedidos on-line, todos de pessoas não muçulmanas", acrescentou a criadora de Sydney, de 48 anos, que afirmou que normalmente recebe entre 10 e 12 pedidos em um domingo.

Zanetti disse não poder informar o número de pedidos feitos na semana passada, mas afirmou ter recebido diversas mensagens de apoio desde que vários municípios do litoral francês decidiram vetar este traje nas praias.

Na semana passada, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, deu seu apoio aos prefeitos, majoritariamente de direita, que emitiram as ordens de proibição.

Zanetti, de origem libanesa, explicou ter criado o burkini há mais de 10 anos em Sydney, concebendo-o como um objeto de integração para que as mulheres muçulmanas praticantes possam aproveitar plenamente os prazeres da praia.

"Muitas pessoas que me escreveram eram mulheres que tiveram câncer de mama e me explicaram que sempre buscaram algo assim", disse Zanetti.

Existem vários fabricantes de trajes de banho islâmicos, mas Zanetti registrou as marcas "burkini" e "burqini". A estilista diz ter sido a primeira a elaborar um traje de duas peças capaz de cobrir a cabeça de forma integral.

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