Noruega é o país mais desenvolvido do mundo, segundo a ONU: país continua no topo do ranking do IDH (Alexemanuel/Thinkstock)
Gabriela Ruic
Publicado em 21 de março de 2017 às 14h24.
Última atualização em 21 de março de 2017 às 14h32.
São Paulo – Os últimos 25 anos foram de mudanças: o mundo conta com 7 bilhões de habitantes, a expectativa de vida aumentou e a mortalidade infantil caiu. Não há dúvidas de que o desenvolvimento humano, em geral, é positivo.
Em geral. Isso porque, enquanto muitos países celebram níveis invejáveis de qualidade de vida, outros amargam não ser viável oferecer aos seus cidadãos sequer os itens básicos para uma vida em condições adequadas.
Essas são as constatações da edição 2016 do Relatório de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas (ONU), a análise anual produzida pela ONU sobre a situação do desenvolvimento em todo o planeta. O estudo foi divulgado nesta terça-feira em Estocolmo (Suécia) e trouxe o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 188 países.
O IDH é a maneira como a ONU calcula o desenvolvimento de um país. Para tanto, são avaliados diferentes fatores além do crescimento econômico (representado pelo PIB per capita) como a expectativa de vida no nascimento, a expectativa de anos que se passa na escola, a quantidade de anos que uma pessoa efetivamente frequenta o ambiente escolar.
Com esses números em mãos, a entidade consegue calcular o IDH e produz então um ranking que mostra quais os países mais e menos desenvolvidos. Quanto mais próximo de 1 for o índice de desenvolvimento humano de um lugar, mais desenvolvido é.
Há muitos anos deixou de ser novidade a presença massiva de países ricos no topo e de países africanos na base, com mudanças pontuais.
A Dinamarca, por exemplo, oscila todos os anos entre a quarta e a quinta colocação, enquanto a Noruega segue forte em primeiro lugar.
Já na África, as perspectivas continuam sombrias: segundo o estudo, 60% das pessoas dessa região vivem em condições deploráveis e 35% dos adultos são analfabetos.
No que diz respeito ao Brasil, as notícias tampouco são animadoras. O país observou melhoras no seu IDH nos últimos anos, é bem verdade, especialmente quando se olha, por exemplo, para a expectativa de vida (que saltou de 65,3 anos em 1990 para 74,7 em 2015).
Contudo, tais melhoras não foram o suficiente para se manter na 75ª posição registrada no ranking de 2016: hoje, o Brasil caiu para a 79ª, embora tenha mantido a sua pontuação (0,754). Para a entidade, essa queda é o resultado direto da crise econômica.
EXAME.com reuniu no mapa abaixo os dados relativos ao IDH dos países que estão posicionados nas primeiras (em verde) e últimas colocações do ranking (em vermelho). O Brasil (em amarelo) foi incluído para fins de comparação. Vale lembrar que alguns países empatam entre si, como é o caso do Canadá e dos Estados Unidos. Confira abaixo.