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Veja como é o panorama das armas nucleares no mundo

Em reconhecimento ao aumento da ameaça nuclear, Nobel da Paz é dado à organização que visa banir tais armas. Veja como são os arsenais mundo afora

Coreia do Norte: expansão de programa nuclear pelo regime de Kim Jong-un preocupa o mundo (Damir Sagolj/Reuters)

Coreia do Norte: expansão de programa nuclear pelo regime de Kim Jong-un preocupa o mundo (Damir Sagolj/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 8 de outubro de 2017 às 06h00.

Última atualização em 8 de outubro de 2017 às 06h00.

São Paulo – Em um momento em que as ameaças de uma crise nuclear se agravam graças às provocações da Coreia do Norte e a retórica descuidada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Prêmio Nobel da Paz trouxe uma importante mensagem ao nomear a Campanha Internacional para Banir Armas Nucleares (ICAN, na sigla em inglês) como vencedora da edição 2017 da importante honraria.

De acordo com o Comitê Norueguês do Nobel, a organização internacional merece o prêmio “or seu trabalho de trazer atenção às consequências humanitárias catastróficas do uso de qualquer arma nuclear e pelo seu esforço revolucionário para atingir um tratado que proíba tal uso”. “Ameaçar usar armas nucleares é ilegal. Ter armas nucleares, possuir armas nucleares, desenvolver armas nucleares é ilegal”, disse Beatrice Fihn, diretora da ICAN.

Há pouco mais de três meses, centenas de países se reuniram sob a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir um tratado que pusesse fim aos arsenais nucleares mundo afora. 122 deles, Brasil, inclusive, aprovaram o documento, cuja autoria foi capitaneada pelo governo brasileiro ao lado da África do Sul, Áustria, Irlanda, México e Nigéria.

Em pleno 2017, no entanto, o mundo segue dividido em relação ao tema. Enquanto a maioria dos países membros discute e se mobiliza a favor do desarmamento nuclear, os países detentores dos maiores arsenais nucleares sequer participaram das negociações: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, por exemplo. A Coreia do Norte, que vem expandindo seu programa nuclear, tampouco se envolveu das tratativas.

A crise nuclear que tem o regime norte-coreano e os EUA como protagonistas não dá sinais de que irá se resolver tão logo. O resultado dessa turbulência é a possível desestabilização de uma região formada por países que podem ser considerados potências nucleares. Uma ameaça regional que tem a capacidade de impactar toda a humanidade.

Abaixo, EXAME.com compilou dados da ICAN que montam um panorama dos arsenais nucleares pelo mundo. Veja:

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