Redatora
Publicado em 17 de junho de 2025 às 09h32.
Copenhague, na Dinamarca, foi eleita a melhor cidade para se viver no mundo em 2025, segundo o ranking anual da Economist Intelligence Unit (EIU), divulgado nesta terça-feira, 17. A capital dinamarquesa desbancou Viena, que liderava a lista há três anos consecutivos.
O levantamento avaliou 173 cidades em cinco critérios: estabilidade, saúde, educação, infraestrutura e meio ambiente. Copenhague se destacou ao receber nota máxima em estabilidade, educação e infraestrutura.
Viena caiu para a segunda posição, empatando com Zurique, na Suíça. O motivo foi uma piora significativa na nota de estabilidade, puxada por episódios recentes, como uma ameaça de bomba que levou ao cancelamento de um show da cantora Taylor Swift no ano passado. “A pressão sobre a estabilidade fez Viena perder o posto após três anos no topo”, explicou Barsali Bhattacharyya, vice-diretora da EIU.
Na sequência do ranking, Melbourne, na Austrália, manteve a quarta colocação, e Genebra, na Suíça, ficou em quinto lugar. Sydney subiu uma posição e aparece em sexto. Já Osaka, no Japão, e Auckland, na Nova Zelândia, dividiram o sétimo lugar. Adelaide, também na Austrália, ficou em nono, enquanto Vancouver, no Canadá, fecha o top 10.
O relatório destaca ainda a queda de várias cidades canadenses, como Calgary, que despencou do quinto para o 18º lugar, e Toronto, que caiu da 12ª para a 16ª posição. O motivo foi a piora nos indicadores de saúde, reflexo da sobrecarga no sistema de saúde canadense, com longas filas e falta de profissionais.
Nos Estados Unidos, a cidade mais bem colocada foi Honolulu, no Havaí, que ficou na 23ª posição. O levantamento aponta uma tendência de desempenho melhor entre cidades de médio porte no país, enquanto grandes centros como Nova York e Los Angeles sofrem mais com pressão sobre serviços públicos e infraestrutura.
Entre as cidades britânicas, Londres, Manchester e Edimburgo também perderam posições após uma piora na nota de estabilidade, consequência de episódios de violência e instabilidade social ligados a uma campanha de desinformação sobre imigração no Reino Unido no ano passado.
O relatório aponta que a queda na estabilidade não foi exclusividade da Europa. A pontuação desse critério recuou também na Ásia, diante do aumento de tensões militares envolvendo cidades como Taipei e Nova Délhi.
Por outro lado, algumas cidades ganharam posições. É o caso de Al Khobar, na Arábia Saudita, que subiu 13 posições, impulsionada pelos investimentos em saúde e educação dentro do plano Vision 2030. Jakarta, na Indonésia, também avançou 10 lugares, puxada pela melhora no índice de estabilidade.
Na outra ponta, os piores lugares para se viver seguem praticamente os mesmos. Damasco, na Síria, aparece novamente na última posição, seguida de Trípoli, na Líbia, e Dhaka, em Bangladesh. Karachi, no Paquistão, e Argel, na Argélia, completam a lista das cinco cidades menos habitáveis do mundo.
Apesar de avanços pontuais em saúde e educação em algumas regiões, o relatório aponta que a qualidade de vida global ficou estagnada em 2025, principalmente pela piora generalizada nas notas de estabilidade.
Copenhague, Dinamarca
Viena, Áustria
Zurique, Suíça (empate com Viena)
Melbourne, Austrália
Genebra, Suíça
Sydney, Austrália
Osaka, Japão
Auckland, Nova Zelândia (empate com Osaka)
Adelaide, Austrália
Vancouver, Canadá