França: quatro militares foram feridos de forma leve e outros dois com mais gravidade, mas suas vidas não correm perigo (Benoit Tessier/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de agosto de 2017 às 06h07.
Última atualização em 9 de agosto de 2017 às 06h12.
Paris - Um veículo atropelou nesta quarta-feira, na localidade de Levallois Perret, perto de Paris, uma patrulha do dispositivo antiterrorista instalado na França após os atentados de 2015 e deixou seis feridos, mas nenhum deles corre risco de morte, informou à Agência Efe a prefeitura local.
As autoridades estão em busca do veículo, que saiu do local em grande velocidade, e, por enquanto, nenhuma hipótese está descartada sobre a motivação do motorista.
O incidente aconteceu por volta das 8h locais (3h de Brasília) perto da Câmara Municipal da localidade, na periferia oeste de Paris.
A prefeitura indicou que quatro militares foram feridos de forma leve e outros dois com mais gravidade, mas suas vidas não correm perigo.
Ainda não se sabe se foi uma ação voluntária com motivação terrorista ou se foi um acidente, acrescentou o governo municipal.
Em declarações à emissora "France Info", o prefeito da localidade, o conservador Patrick Balkany, considerou "intolerável" e "vergonhosa" a "agressão" contra os militares.
Em outra entrevista à emissora "BFMTV", Balkany assegurou que "trata-se, sem dúvida, de uma ação deliberada" diante do quartel em que reside um destacamento de 50 militares da operação "Sentinele", o dispositivo de vigilância antiterrorista mobilizado em todo o país.
O carro, um BMW, esperava em um beco próximo que os militares saíssem do quartel para iniciarem sua ronda de vigilância e "acelerou com intensidade" quando os soldados apareceram, antes de fugir do local, assinalou o prefeito.
O quartel fica em frente a um parque em uma região de pouco trânsito e o carro do suposto agressor se dirigiu até os militares na contramão.
Os soldados pertencem ao 35º Regimento de Infantaria e foram imediatamente hospitalizados. Os dois cujo estado é mais grave foram levados para o centro militar Percy, na localidade próxima de Clamart.
A ação acontece quatro dias depois que um jovem de 18 anos tentou entrar com uma faca na Torre Eiffel aos gritos de "Deus é Grande" em língua árabe.
O agressor, que foi rendido pelas forças da ordem, tinha uma permissão do hospital psiquiátrico em que estava internado e para onde voltou a ser levado após ser examinado por especialistas.
No entanto, a Procuradoria Antiterrorista abriu uma investigação por "tentativa de assassinato", e por "associação criminosa com fins terroristas", depois que, durante a sua detenção, o jovem assegurou que mantém contato com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).