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Vázquez promete política de portas abertas no Uruguai

O novo presidente uruguaio apresentou seu gabinete e disse que manterá uma "política de portas abertas" com todos os países

Tabaré Vázquez, presidente eleito do Uruguai: 75% dos ministros de seu governo são novos (Andres Stapff/Reuters)

Tabaré Vázquez, presidente eleito do Uruguai: 75% dos ministros de seu governo são novos (Andres Stapff/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 22h04.

Montevidéu - O novo governo do Uruguai, apresentado nesta terça-feira pelo presidente eleito, Tabaré Vázquez, manterá uma "política de portas abertas" com todos os países do mundo.

Caracterizado pela renovação, já que 75% dos ministros são novos em relação à atual equipe da coalizão de esquerda Frente Ampla, o gabinete de Vázquez nasce com vocação de permanência "durante todo o período de governo", segundo assegurou o presidente eleito em entrevista coletiva.

"Vamos fazer uma política externa de portas abertas e relações com todos os países, não só da região mas do mundo, seguindo as mesmas linhas que vêm sendo desenvolvidas desde o primeiro governo da Frente Ampla", ressaltou Vázquez na apresentação de seu gabinete, que tomará posse no dia 1º de março de 2015.

Dos 13 ministros com pasta que integram o novo gabinete só permanecerão os de Interior, Eduardo Bonomi; Defesa, Eleuterio Fernández Huidobro; Turismo, Liliam Kechichian, e Pecuária, Tabaré Aguerre.

As caras novas são os titulares de Desenvolvimento Social, Marina Arismendi; Trabalho, Ernesto Murro; Relações Exteriores, Rodolfo Nin Novoa; Economia e Finanças, Danilo Astori (atual vice-presidente da República); Transporte, Víctor Rossi; Educação, María Julia Muñoz; Saúde Pública, Jorge Bassoi; Habitação, Ordenação Territorial e Meio Ambiente, Eneida de León; e Indústria, Carolina Cosse.

Tabaré Vázquez, um oncologista de 74 anos que já esteve à frente do país entre 2005 e 2010, afirmou de forma taxativa que os nomes apresentados hoje - entre os quais também se encontram o secretário da presidência, Miguel Toma; o diretor do Escritório de Planejamento e Orçamento, Álvaro García, e os subsecretários dos 13 departamentos - foram escolhidos diretamente "pelo presidente eleito".

Também confessou que na hora de anunciar sua equipe sentia uma sensação ao mesmo tempo "gratificante", pela esperança de iniciar uma nova etapa, e "amarga", por ter de abrir mão de ministros e altos cargos de seu próprio grupo político que desenvolveram seu trabalho com "lealdade, compromisso e trabalho incansável".

Além disso, anunciou que a partir do dia 15 de dezembro promoverá encontros com os dirigentes dos partidos políticos com representação parlamentar para buscar pontos de encontro, conforme anunciou no domingo passado após a confirmação de sua vitória.

A Frente Ampla levou a esquerda ao poder pela primeira vez na história do Uruguai em 2005 e agrupa uma dúzia de partidos de esquerda entre socialistas, comunistas, marxistas, leninistas, democratas cristãos, ex-guerrilheiros e independentes.

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