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Vázquez diz que regulação da maconha não estimula consumo

"Não se deve consumir tabaco, maconha, cocaína, ácido lisérgico (LSD) e álcool, não me refiro ao consumo social, mas ao consumo problemático", diz o presidente


	Tabaré Vázquez: o Uruguai se transformou no primeiro país do mundo que decidiu regulamentar a produção e o comércio de maconha
 (Andres Stapff/Reuters)

Tabaré Vázquez: o Uruguai se transformou no primeiro país do mundo que decidiu regulamentar a produção e o comércio de maconha (Andres Stapff/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2016 às 14h07.

Montevidéu - O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, disse que "regulamentar a produção de maconha não quer dizer que se esteja estimulando o consumo" dessa substância e insistiu sobre os danos provocados pelo "uso problemático" das drogas.

"Não se deve consumir tabaco, maconha, cocaína, ácido lisérgico (LSD) e álcool, não me refiro ao consumo social, mas ao consumo problemático", enfatizou o presidente neste domingo na cidade de Fray Bentos, no departamento (província) de Río Negro, onde aconteceu nesta segunda-feira uma sessão do Conselho de Ministros.

Em 2013, sob a presidência de José Mujica, o Uruguai se transformou no primeiro país do mundo que decidiu regulamentar a produção e o comércio de maconha com uma lei que prevê seu uso recreativo, medicinal e para fins científicos.

Vázquez, que é médico oncologista de profissão, se dirigiu especialmente aos jovens dizendo que "o corpo humano não precisa de drogas, salvo as que sejam indicadas por um profissional devidamente qualificado por causa de alguma doença".

Além disso, o presidente uruguaio recomendou que as pessoas "tenham uma vida saudável, pratiquem esportes, se alimentem adequadamente, aproveitem os momentos de lazer e desfrutem da vida", e que, para isso, "não é preciso usar drogas".

Vázquez, que desde o seu primeiro mandato - entre 2005 e 2010 - fez da luta contra o tabaco um de seus estandartes, lembrou algumas das medidas que serão aplicadas, como "a dos maços de cigarros genéricos, sem nenhum título publicitário da marca do tabaco".

No início de julho, o Uruguai ganhou o processo que a multinacional do tabaco Philip Morris interpôs em 2010 contra o país perante o Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (Ciadi) devido às políticas antitabaco levadas a cabo pelo país sul-americano. 

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