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Vazamento no Golfo do México também afeta ecossistema submarino

Miami - Grandes faixas de petróleo não se integram à maré negra que cobre a superfície de parte do Golfo do México e se mantêm circulando no fundo do mar, uma situação que, alertaram cientistas nesta terça-feira, pode ser devastadora para o ecossistema submarino da região. "Amostras de água retiradas da região e analisadas por […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Miami - Grandes faixas de petróleo não se integram à maré negra que cobre a superfície de parte do Golfo do México e se mantêm circulando no fundo do mar, uma situação que, alertaram cientistas nesta terça-feira, pode ser devastadora para o ecossistema submarino da região.

"Amostras de água retiradas da região e analisadas por especialistas mostraram extensas faixas de petróleo em profundidades entre 50 e 1.400 metros", disse à AFP o oceanógrafo Yonggang Liu, da Universidade do Sul da Flórida (USF, na sigla em inglês).

"Esse petróleo em águas profundas é invisível para os satélites", disse Liu, da Escola de Ciências Marinhas da USF, que integra uma equipe de especialistas de várias entidades especializadas que acompanham a circulação do vazamento na superfície e debaixo d'água.

O fato de se manter oculto não faz com que seja menos nocivo, ao contrário, já que torna quase impossível limpá-lo e combater seus efeitos, afirmaram especialistas.

"É uma questão de lógica ver que o ecossistema em águas profundas do Golfo vai ser afetado (...). O impacto pode ser muito grande em toda a cadeia alimentar, em espécies de peixes sensíveis e em pequenas criaturas do oceano", acrescentaram.

A USF apresentará esta terça-feira, junto com especialitas da agência americana de oceanografia e meteorologia, resultados de estudos nas águas do Golfo, disse o especialista.

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