"Vazamentos sobre segurança nacional podem colocar pessoas em perigo", frisou Obama, em entrevista na Casa Branca, depois de se reunir com o primeiro-ministro turco (Ron Sachs-Pool/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2013 às 18h47.
O presidente americano, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que os vazamentos relacionados à segurança podem custar vidas e defendeu a investigação de seu governo para identificar os que revelaram informações sigilosas.
Obama ressaltou, porém, que é importante fazer um balanço entre segurança e liberdade de expressão, em referência às críticas deflagradas pela intervenção nos registros telefônicos da agência de notícias Associated Press (AP), por parte do Departamento de Justiça.
"Vazamentos sobre segurança nacional podem colocar pessoas em perigo", frisou Obama, em entrevista na Casa Branca, depois de se reunir com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Podem pôr em perigo homens e mulheres fardados que enviamos para o campo de batalha. Podem pôr em risco alguns dos nossos oficiais de inteligência que estejam em situações perigosas", completou.
"Não me desculpo e não acho que o povo americano espera que, como comandante-em-chefe, eu não me preocupe com a informação que possa deixar suas missões em perigo, ou que deixe suas vidas em perigo", acrescentou o presidente.
"Vivemos em uma democracia, na qual a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão e o livre fluxo de informação me ajudam a assumir minha responsabilidade, ajudam o governo a ser responsável e ajudam a democracia a funcionar", disse Obama.
Ele garantiu que sua administração trabalha para "encontrar os meios de conseguir um equilíbrio apropriado".
Na quarta-feira, Obama apresentou um projeto de lei que permitirá jornalistas e seus empregadores a não revelarem o nome de suas fontes.