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Vaticano vai ampliar transparência financeira

A Santa Sé tenta se livrar da reputação de finanças obscuras após documentos alegando corrupção nos negócios terem sido divulgados pelo mordomo do papa Bento XVI


	Vaticano:  em um relatório de julho de 2012, a Moneyval, um departamento do Conselho da Europa, criticou a Santa Sé pela não-conformidade com as normas globais de transparência financeira e deu notas negativas em sete das 16 recomendações chamadas "centrais" e "principais".
 (Johannes Eisele/AFP)

Vaticano:  em um relatório de julho de 2012, a Moneyval, um departamento do Conselho da Europa, criticou a Santa Sé pela não-conformidade com as normas globais de transparência financeira e deu notas negativas em sete das 16 recomendações chamadas "centrais" e "principais". (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 17h25.

Roma - O Vaticano se ofereceu para ampliar os termos sob os quais é avaliado pela transparência financeira, na sequência de um relatório crítico pela agência europeia de fiscalização de lavagem de dinheiro Moneyval, disseram autoridades nesta quarta-feira.

A Santa Sé está tentando se livrar da reputação de finanças obscuras após um ano em que documentos alegando corrupção no trato de seus negócios foram divulgados pelo mordomo do papa Bento XVI, e o presidente do banco deixou o posto em uma disputa sobre transparência.

Em um relatório de julho de 2012, a Moneyval, um departamento do Conselho da Europa, criticou a Santa Sé pela não-conformidade com as normas globais de transparência financeira e deu notas negativas em sete das 16 recomendações chamadas "centrais" e "principais".

Segundo as regras da Moneyval, a Santa Sé tem até 4 de julho deste ano para cumprir todas as recomendações "centrais", por exemplo instituindo a fonte e a legalidade dos fundos e comunicando transações suspeitas.

O Vaticano, além disso, voluntariamente decidiu também abordar as recomendações "principais" que não cumpria totalmente até o prazo, disse a Moneyval à Reuters. Isto inclui a garantia de que as instituições financeiras sejam devidamente regulamentadas, e que as autoridades bancárias cooperem plenamente com equivalentes internacionais.

Isto significa que o Vaticano também vai abordar as principais recomendações sobre a prevenção do "financiamento de atos terroristas" e ter um sistema de "congelamento e confisco de bens de terroristas".

Grande parte das críticas da falta de transparência financeira do Vaticano têm se concentrado no Instituto para as Obras Religiosas (IOR), o banco do Vaticano, que tem estado no centro de escândalos repetidos ao longo dos anos.

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