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Vaticano desmente falas do Papa sobre pedofilia e celibato

"Isto não é, de nenhuma maneira, uma entrevista no sentido normal da palavra", disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi


	Vaticano: Lombardi não explicou quais foram as verdadeiras declarações do pontífice na entrevista
 (Vincenzo Pinto/AFP)

Vaticano: Lombardi não explicou quais foram as verdadeiras declarações do pontífice na entrevista (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2014 às 11h45.

O porta-voz do Vaticano desmentiu neste domingo supostas declarações do Papa Francisco a um jornal italiano, nas quais considera que 2% do clero católico pode estar integrado por agressores sexuais e promete encontrar "soluções" para o celibato dos padres.

Em uma entrevista publicada no jornal italiano La Repubblica, Francisco reitera a condenação aos abusos sexuais de menores de idade e promete lutar contra o crime com "a severidade necessária".

"Segundo números contrastantes, o percentual de pedófilos na Igreja está em 2%. Estes 2% incluem padres e até bispos e cardeais", afirmou o pontífice.

Ao ser questionado se algum dia o casamento dos padres católicos será autorizado, Francisco destacou que o celibato dos sacerdotes foi instituído apenas no século X e que alguns sacerdotes podem casar em algumas igrejas do leste da Europa que estão sob a tutela do Vaticano.

"Definitivamente, existe um problema, mas não é um problema importante. Isto precisa de tempo, mas há soluções e eu as encontrarei", disse o pontífice, sem entrar em detalhes.

Mas o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou neste domingo que as declarações no jornal sobre a existência de cardeais pedófilos e a possível reforma do celibato dos padres não correspondem ao que o pontífice realmente quis dizer.

"Isto não é, de nenhuma maneira, uma entrevista no sentido normal da palavra", disse, antes de acusar o jornal de "manipular leitores ingênuos".

Lombardi não explicou quais foram as verdadeiras declarações do pontífice na entrevista, a terceira de uma série com o fundador do jornal La Repubblica, Eugenio Scalfari, de 90 anos, um jornalista famoso e intelectual ateu.

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