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Vaticano cria mecanismo que permite denúncias de casos de corrupção

Qualquer colaborador poderá fazer denúncias, mas elas não podem ser anônimas; confidencialidade do conteúdo e anonimato do denunciante estão garantidos

Basílica de São Pedro, no Vaticano (Laurie Chamberlain/Getty Images)

Basílica de São Pedro, no Vaticano (Laurie Chamberlain/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 07h05.

O Vaticano, cuja história é abalada por escândalos financeiros, anunciou, nesta quarta-feira, a criação de um mecanismo que permite a denúncia de irregularidades com o objetivo de lutar contra a corrupção e a fraude em suas instituições.

Esse serviço, que começará a funcionar em 1º de fevereiro, possibilitará a denúncia de "anomalias" no uso de recursos financeiros ou materiais, irregularidades em licitações e atos de corrupção.

Qualquer funcionário ou colaborador poderá denunciar as anomalias por escrito ou através de um e-mail, tendo como destinatário o Escritório do Auditor Geral, que lidera o organismo anticorrupção do Vaticano.

As denúncias, no entanto, não poderão ser anônimas, sob pena de serem consideradas improcedentes, e o escritório do Auditor Geral irá garantir a confidencialidade do conteúdo e o anonimato de quem fez a denúncia, exceto para fins de investigação ou atividade judicial.

A denúncia ética ("whistleblowing", em inglês) é "um dos instrumentos mais eficazes de combate à corrupção, previsto, entre outros, na Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, à qual a Santa Sé aderiu em 2016", destacou o comunicado.

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